“Que um indivíduo queira despertar noutro indivíduo recordações que não pertenceram senão a um terceiro, é um paradoxo evidente. Executar com despreocupação este paradoxo é a inocente vontade de toda a biografia.” As palavras são de Jorge Luís Borges e surgem no segundo capítulo de “Evaristo Carriego”, ensaio biográfico que o primeiro dedica a este poeta e escritor também argentino. Ambos chegaram a conhecer-se, lá por inícios do século XX.
Ausente do mercado português desde a edição que a Livros do Brasil fez em 1986 e, depois, da das Obras Completas do escritor argentino saídas pela Teorema em 1989, este livrinho de reconhecida grandeza ressuscita agora pela mão da Quetzal, com tradução de José Colaço Barreiros, no âmbito da gradual publicação das obras de Borges que tem vindo a concretizar desde 2020.
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