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O Lux Frágil fez 25 anos

O Lux Frágil fez 25 anos

No Lux não era, e não é, só o design do espaço, do equipamento, da arquitectura que contavam e contam

O Lux Frágil fez 25 anos

Guta Moura Guedes

Especialista em design

Falar do Lux Frágil é falar do Manuel Reis. E falar do Manuel é falar do design em Portugal, onde ele teve um papel preponderante, quer como designer ele próprio embora nunca se apresentasse assim quer como aquele que criou espaço e oportunidade para que toda uma geração de designers no nosso país desenvolvesse projectos, tivesse onde expor, tivesse visibilidade e fosse desafiada. Sob a sua mão segura e firme, sob o olhar único sobre o mundo que o Manuel tinha, sob o seu sorriso solar.

Embora tivesse ido ao Frágil no Bairro Alto algumas vezes, e muitas vezes à Loja da Atalaia, foi no Lux que o conheci. Não fui à inauguração desta nova proposta de um espaço nocturno expandido, imaginado pela sua cabeça e desenhado por Margarida Grácio Nunes e Fernando Sanchez Salvador, seus cúmplices. Não estive lá na grande festa de 29 de Setembro de 1998, pós-Expo’98, onde meio mundo, ao que se conta, esteve. Fui lá para o conhecer uns meses depois, já em 1999, porque queríamos apresentar a bienal experimentadesign no Lux, com ele. E assim o fizemos e o Manuel, e o Lux e a Bica nunca mais deixaram de ser nossos parceiros. A primeira vez que vi o espaço não foi de noite mas de dia, ao final da tarde, num momento ainda fechado ao público, em que o rio entrava pelas janelas, azul e dourado, iluminando a estrutura base do antigo edifício industrial que o Manuel tinha redescoberto e toda a nova pele nocturna que fez dele um ícone internacional.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

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