O artista dissidente chinês Ai Weiwei, o cineasta alemão Wim Wenders, e o pianista polaco Krystian Zimerman fazem parte dos laureados com o Praemium Imperiale do Japão, considerado o "Nobel das Artes", foi hoje anunciado pela organização.
O prémio – que abrange as categorias de pintura, escultura, arquitetura, cinema, música e teatro – é da iniciativa da Japan Art Association, em parceria com a família real japonesa.
Entre os distinguidos estão também o pintor italiano Giulio Paolini, e os arquitectos japoneses Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa, do atelier SANA, laureados em 2010 com o Prémio Pritzker de arquitetura.
Desde a sua criação, em 1988, o galardão já distinguiu 164 artistas, entre os quais o cineasta Jean-Luc Godard, que morreu na passada terça-feira, e o pintor e fotógrafo David Hockney.
Ai Weiwei, artista pluridisciplinar conhecido pelas suas performances artísticas políticas que questionam a ordem estabelecida, esteve detido na China em 2011, pelas suas tomadas de posição antiautoritárias. Após ter vivido nos Estados Unidos, o artista chinês – que venceu na categoria de escultura – vive atualmente em Portugal, numa quinta no Alentejo.
O realizador alemão Wim Wenders, distinguido na categoria cinema, é, nomeadamente, autor da longa metragem "As Asas do Desejo" e um dos pioneiros do novo cinema alemão dos anos 1970, que rodou em Portugal os filmes "Estado das Coisas", "Até ao Fim do Mundo" e “Lisbon Story – Viagem a Lisboa”.
A cerimónia de entrega acontece tradicionalmente em outubro, em Tóquio, e cada premiado recebe cerca de 105 mil euros.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes