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Los Angeles já tem um museu para a sétima arte

Los Angeles já tem um museu para a sétima arte

Um dos focos das atenções do novo museu é a exposição de longa duração “Stories of Cinema” que ocupa três andares e na qual se lançam olhares através de várias épocas e geografias, celebrando o trabalho daqueles que fazem filmes

O final da temporada das galas de atribuição de prémios do cinema nos Estados Unidos não é mais a época do ano para, em Los Angeles, contactar diretamente com os feitos reconhecidos pelos Óscares. Depois de uma espera (que a pandemia acentuou), eis que finalmente abriu as portas o museu que a Academy of Motion Pictures Arts and Sciences criou para não só contar as muitas memórias ligadas às célebres estatuetas douradas, mas para narrar toda a história do cinema. Tendo por base o histórico edifício May Company Building (de 1939), no cruzamento entre a Wilshire Boulevard e a Firefax Avenue, ao qual de juntaram novas estruturas sob a supervisão de Renzo Piano, o Academy Museum of Motion Pictures envolve uma série de espaços e propostas que de facto alargam as narrativas ali reunidas bem além daqueles cujos nomes se escutaram depois de alguém dizer “and the winner is...”. Mesmo assim os Óscares são inevitavelmente um dos atrativos óbvios do novo museu e uma simulação, na galeria East West Bank, do que poderia ser o momento de um triunfo, é precisamente uma entre as muitas propostas agora lançadas aos visitantes que, como acontece já em diversos outros museus em vários pontos do mundo, têm de marcar previamente o dia e a hora da sua visita (com bilhetes a 25 dólares, com mais 15 para a “Oscar Experience”).

Um dos focos das atenções do novo museu é a exposição de longa duração “Stories of Cinema” que ocupa três andares e na qual se lançam olhares através de várias épocas e geografias, celebrando o trabalho daqueles que fazem filmes. Depois, na galeria especialmente dedicada às coleções que o museu tem vindo a reunir, está parente “The Path to Cinema”, uma seleção de peças que permite reencontrar peças que ficaram célebres no grande ecrã, outras que tiveram vidas menos visíveis nos bastidores da criação dos filmes e ainda posters ou fotografias usadas na sua promoção. Entre os mais de 13 milhões de objetos que integram as coleções do museu estão, por exemplo, os sapatos que Judy Garland usou em “O Feiticeiro de Oz”, a máquina de escrever na qual Alfred Hitchcock escreveu o guião de “Psico”, um molde do “Tubarão” usado no filme de Spielberg, as tábuas dos “Dez Mandamentos” de Cecil B. DeMille, a capa que Bela Lugosi vestiu no “Drácula” de Todd Browning ou uma das pequenas cápsulas de serviço do filme “2001: Odisseia no Espaço”, de Stanley Kubrick.

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