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Francis Smith, o modernista calmo que insistia em ser amável

Detalhe de “Aldeia Portuguesa” (1938)
Detalhe de “Aldeia Portuguesa” (1938)

A ingenuidade voluntária de Francis Smith (1881-1961), artista que raramente regressou a Portugal mas cujo olhar não se desviou do país onde nasceu. Uma exposição no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado

Um título proustiano desperta a curiosidade, aguçada pela biografia deste pintor português de Paris, Francis Smith (1881-1961), abalado para França aos 20 anos, com raras visitas a um país natal que tem referências constantes na sua pintura — um Portugal aldeão cuja aldeia principal, a mais aldeia de todas, era Lisboa, a capital. Inglês de origem familiar, português por nascimento, francês por naturalização, Smith está sempre figurativamente ligado a Portugal, apesar da longa ausência final. 1934 é o ano da sua última visita, e nem as encomendas oficiais portuguesas — a grande pintura “Algarve”, para a Exposição Universal de Paris de 1937, depois presença contínua nas escadarias do Secretariado Nacional de Informação (SNI) que davam acesso à galeria principal, desaparecida ingloriamente no incêndio da Galeria de Belém, em 1981 — nem os perigos da ocupação alemã de Paris, quando Smith, casado com uma senhora de origem judaica, tem de se refugiar no sul de França, o reconduzem à terra natal.

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