O projeto vem do guião de um filme em torno de Andy Warhol que Gus Van Sant não conseguiu levar a bom porto no início dos anos 90. Chama-se “Andy” e, décadas depois, vai tornar-se a primeira peça teatral do cineasta americano, graças a um desafio lançado pela BoCA — Bienal de Arte Contemporânea. E é um musical, falado e cantado em língua inglesa, contudo criado por equipa e elenco inteiramente portugueses. Gus também escreveu as canções, Paulo Furtado aka Legendary Tigerman trata da direção musical. A estreia vai ser em setembro, no Teatro D. Maria II, em Lisboa, no contexto da próxima edição da Bienal, prevendo-se que a peça circule de seguida por vários palcos europeus, ao longo de um ano. Também em setembro, está programada pela Cinemateca Portuguesa uma curta retrospetiva de Gus Van Sant que o próprio acompanhará, 26 anos após a única visita do cineasta à sala da Rua Barata Salgueiro. Foi em 1995, no ano em que o Festival de Vila do Conde trouxe o realizador ao nosso país pela primeira vez, exibindo em solo luso todas as suas curtas-metragens. Além dos cinco filmes que conta apresentar, a Cinemateca exibirá a pedido do cineasta “Batman Dracula”, de 1964 (uma homenagem de Warhol a Batman, nunca autorizada pela DC Comics, e que foi durante longo tempo um dos seus mais célebres missing films) e o não menos badalado “Andy Warhol: A Documentary Film” (2006), film fleuve de quatro horas de Eric Burns, sebenta reconhecida da matéria.
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