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“Catarina e a Beleza de Matar Fascistas”: eis Tiago Rodrigues e o teatro que radicaliza o debate

O hiper-realismo dos factos mistura-se com um delirante exercício de imaginação: são todos Catarinas, em homenagem à morte de Catarina Eufémia, assassinada por um fascista em 1954
O hiper-realismo dos factos mistura-se com um delirante exercício de imaginação: são todos Catarinas, em homenagem à morte de Catarina Eufémia, assassinada por um fascista em 1954
PEDRO MACEDO

"No final de cada ensaio, estou incomodado, e não é pelo que vejo, é pelo que penso", assume Tiago Rodrigues. Bem-vindos ao Portugal fascista

Claudia Galhós

T

oda a família se veste de saia comprida, rodada, tons escuros. Não importa se são homens ou mulheres. São todos Catarinas. Estamos em 2028, numa propriedade rural. Estamos no futuro, mas há ali tonalidades de um passado retorcido. A extrema-direita ganhou a maioria absoluta nas últimas legislativas. É este o retrato do país onde se desenrola “Catarina e a Beleza de Matar Fascistas”, a nova peça de Tiago Rodrigues, que tem estreia mundial hoje, em Guimarães, no Centro Cultural Vila Flor (dia de celebração dos 15 anos desta casa das artes), de onde arranca depois para uma digressão pela Europa, até chegar ao Porto (TeCA, de 10 a 20 de fevereiro de 2021) e a Lisboa (Teatro Nacional D. Maria II, de 7 a 25 de abril de 2021).

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