Cultura

Biblioteca Nacional reabre a 7 de maio

Biblioteca Nacional reabre a 7 de maio
António Pedro Ferreira

Sem eventos, com lotação reduzida e uso obrigatório de máscara, a maior biblioteca do país volta "à normalidade possível", disse a diretora da instituição ao Expresso

A Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) vai reabrir portas no dia 7 de maio e foi adaptada para que os leitores possam acorrer em segurança. A diretora do organismo, Maria Inês Cordeiro, disse ao Expresso que houve uma "revisão do plano de contingência" para cumprir as recomendações da DGS em tempo de gradual desconfinamento e com a pandemia ainda ativa.

Assim, o uso de máscara será obrigatório e os leitores terão de desinfetar as mãos à entrada e à saída, sendo aconselhada a utilização de luvas descartáveis para o manuseamento dos livros que serão disponibilizados gratuitamente pela biblioteca. "Não sendo obrigatórias, as luvas permitem um manuseamento mais seguro. Estamos a falar de 5 mil livros de livre acesso só na sala de leitura geral", explica a responsável.

As salas terão todas lotações reduzidas. A de leitura geral, por exemplo, passa de 240 para 96 lugares, num espaço de quase mil metros quadrados. Na sala dos reservados, os 36 lugares existentes ficam limitados a 9, enquanto a dos microfilmes, já de si pequena, não poderá acolher mais de quatro pessoas de cada vez.

As fotocópias passam a ser mediadas por um funcionário — costumam ser self-service —, a sala dos cacifos, junto à entrada da BNP, só poderá ter três pessoas no interior e cada elevador transportar apenas uma. Nos gabinetes de investigação só haverá uma pessoa a trabalhar, e não duas, como estava previsto. Em relação aos funcionários, à volta de 170, "todos irão ficar com horário reduzido, isto é, em jornada contínua", para não coincidirem com as horas de ponta.

No exercício de recomeçar, "a biblioteca irá estar mais vazia", diz Maria Inês Cordeiro. Um dos motivos é a suspensão "da BN enquanto instituição cultural que acolhe eventos", tais como concertos, lançamentos, congressos, visitas guiadas ou de estudo num edifício que recebia 90 eventos por ano e onde circulavam, por dia, cerca de 600 pessoas.

A BNP tem mais de 4,5 milhões de itens e em 2019 foram 32.437 os leitores que a procuraram. Anualmente, os visitantes consultam fisicamente não menos de 270 mil documentos, sendo o mais antigo do século XI.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: LLeiderfarb@expresso.impresa.pt

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