Cultura

RTP reforça aposta em produção independente. Mas não sabe quanto vai gastar

A televisão do Estado vai investir na criação de conteúdos da área do cinema, telefilmes, ficção e documentários, mas também abre a porta às artes performativas, música, teatro e dança. A estação não sabe, porém, quanto vai investir nesse sprojectos

A RTP vai apostar, já nas próximas semanas, no reforço do investimento na aquisição de conteúdos de stock de produtoras independentes e direitos de interpretações de artes performativas, para exibição nos canais e antenas RTP, incluindo nas plataformas digitais.

“Não há um valor definido, ou fechado à partida”, diz a estação, mas adianta que “ainda antes do anúncio do pacote, já os diretores estavam a reforçar as compras de conteúdos ‘feito em Portugal’ para os seus canais”.

Por exemplo, o programa da RTP1 “Artistas em Rede”, já foi idealizado e produzido após as medidas de contenção, mas há outros conteúdos já produzidos antes que podem interessar aos diretores de conteúdos. De resto, são eles os responsáveis pela seleção de conteúdos que possam considerar interessantes, “será deles a decisão”, disse fonte da administração.

“A RTP lançará desafios específicos e receberá propostas do mercado”, adianta ainda a administração, em resposta enviada por email às questões do Expresso. A estação estatal vai lançar também um ciclo de concertos via web para exibição nas suas plataformas digitais. O ciclo está a ser trabalhado e negociado com os artistas e agentes.

Na mesma linha de apoio, a RTP promete a realização de nova edição da consulta de conteúdos já em abril, para apresentação de projetos pelos produtores. E mostra-se disponível para avançar com outras ações imediatas.

Entre as medidas a tomar já destaca-se a manutenção de centenas de contratos de colaboradores e prestadores de serviço nas mais variadas áreas relacionadas com conteúdos: apoio a programas, conceção de formatos, trabalhos de pesquisa, guionistas, comentadores, apresentadores, responsáveis por rubricas. Mas também a antecipação dos prazos de pagamento para liquidação a pronto nas várias produções já entregues ou para entrega a curto prazo.

A RTP compromete-se ainda a melhorar as condições de pagamento para projetos de cinema, ficção e documentários já aprovados em consultas de conteúdos e que irão passar à produção: adiantamento de 25% no início de produção, 25% no final da produção e 50% com entrega final. Na música e artes performativas os adiantamentos poderão chegar até 50%.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: acarita@expresso.impresa.pt

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