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Cultura

Sempre fui famosa, vocês é que ainda não sabiam: Stefani Joanne Angelina Germanotta

Sempre fui famosa, vocês é que ainda não sabiam: Stefani Joanne Angelina Germanotta
Warner Bros. Entertainment

“Assim nasce uma estrela” não é - nem nunca teve a pretensão de ser - a ascensão de Gaga a ícone da pop. Mas há muito dela em Ally, a protagonista. O filme está nomeado para oito óscares

Sempre fui famosa, vocês é que ainda não sabiam: Stefani Joanne Angelina Germanotta

Marta Gonçalves

texto

Era uma vez uma jovem que sabia cantar, chamava-se Stefani e vivia em Nova Iorque. Era uma vez uma jovem que sabia cantar, chamava-se Ally e vivia na Califórnia. As duas queriam viver da música - e os livros e filmes mostram-nos como isso pode ser romântico, mas a realidade conta-nos uma outra história. Stefani e Ally têm mais ou menos a mesma idade, uma é loura e outra morena. Ambas começam por trabalhar como empregadas de mesa. Mas uma não é a outra, apesar de fisicamente serem a mesma pessoa: Stefani, que conhecemos melhor como Lady Gaga, é cantora-atriz-compositora e interpreta Ally, que é cantora-compositora. E, embora “Assim nasce uma estrela” não seja um filme sobre a ascensão de Gaga a ícone da pop, o seu nascimento é bem parecido com o de Ally.

“Escrevi-a [a Ally] para ela [Lady Gaga] a interpretar. Fiz-lhe tantas perguntas e queria usar tantas das coisas que me contou. Construiu completamente a Ally. Juntos éramos realmente vulneráveis. Acredito muito na magia dela. É algo que se sente e depois vemos com os nossos olhos todos os dias durante as filmagens”, explicou Bradley Cooper, realizador e simultaneamente protagonista de “Assim nasce uma estrela”.

Aos quatro anos, Stefani Joanne Angelina Germanotta já se sentava ao piano. Sem chegar com os pés ao chão levava as mãos às teclas pretas e brancas. Não vinha de uma família privilegiada, mas frequentou os colégios católicos de Upper West Side, em Manhattan. Aos 15 anos pediu emprego no café do outro lado da rua, em frente a casa. “A minha semanada era de 20 dólares, o que em Nova Iorque é quase insustentável.” Boa aluna. Metiam-se com ela por ser diferente. Nunca soube explicar bem de onde lhe vinha a música. “É-me natural”, tentou justificar. “Acho que é aquilo que faço melhor.”

Gaga com Bradley Cooper em cena
Warner Bros. Entertainment

Começou como muitas outras histórias de músicos que se tornaram lendas, a tocar em bares. Saía da confortável Upper West, conhecida por ser morada das principais instituições de arte performativas, e ia com o teclado até ao ao Lower East Side, um bairro mais pobre onde viviam as classes operárias e emigrantes - e que no começo do século foi considerado pelo Fundo Nacional para Preservação Histórica um dos lugares mais perigosos dos Estados Unidos.

Muitas vezes atuou em bares de drag queens - o que também justifica a importância que acaba por ganhar mais tarde junto de movimentos LGBT. E isso é só uma parte da história, diz ela. “Às vezes faço uma piada: por trás de cada ícone feminino há um homem gay. Nunca teria chegado onde cheguei sem o apoio da comunidade, que me ensinou o que é amor, aceitação e coragem”, contou por altura da estreia do filme no Toronto Film Festival, no Canadá.

Nesses tempos era apresentada como Stefani Germanotta, usava os cabelos longos, soltos e negros. Pouca maquilhagem. Uma vez recordou em entrevista à revista “Elle”, enquanto atuava num bar de jazz, que um grupo de universitários estava a criar alguma confusão e a atrapalhar a atuação. Como é que ela resolveu o problema? Despiu-se e ficou apenas em roupa interior. E então teve a atenção deles até ao final do concerto.

Ally acreditou, Gaga não

Stefani Germanotta desistiu da faculdade no segundo ano. Pediu aos pais um ano para trabalhar na sua música (e também um apartamento). Eles aceitaram, mas com uma contrapartida: se no final desse ano não conseguisse, teria de voltar à Tisch School of the Arts. Spoiler alert: nunca voltou.

Em 2005, já se tornara um nome fixo numa série de clubes. À noite cantava, durante o dia servia às mesas e pelo meio compunha e escrevia.
“Deu-me um CD com o primeiro single, ouvi e fiquei mesmo impressionada. Era uma mulher linda. Tendo em conta o aspeto e a personalidade dela, achei que seria divertido fotografá-la”, recordou à CNN Malgorzata Saniewska, na altura aspirante a fotógrafa - as duas, que lutavam para serem artistas, trabalhavam juntas num restaurante.

Warner Bros. Entertainment

E é agora que encontramos a maior diferença entre Gaga e Ally: a primeira bateu a todas as portas, foi às editoras, atuou onde podia; a segunda deixou-se arrastar, chegando aos começo dos 30 com o sonho da música mas sem efeito. Em ambas as histórias disseram-lhes que não tinham o visual certo, que não eram boas o suficiente. Ally acreditou, Gaga não.

“A minha personagem fala sobre o quão feia se sente - e isso é real. Sou tão insegura. Gosto de pregar mas nem sempre faço aquilo que prego”, disse Lady Gaga. O nariz, tal como no filme, é o maior dos impedimentos (um pouco a lembrar as críticas que fizeram a Barbra Streisand, que foi protagonista do terceiro remake de “Assim nasce uma estrela” - este é o quarto).

Gaga chegou às editoras a compor para outros artistas - e Ally também começa por compor porque não é capaz de cantar as suas canções. É também nestes tempos que algo acontece: um dos produtores com que trabalhou violou-a. O episódio só viria a ser relatado anos mais tarde, quando o seu nome já era mundialmente conhecido. A canção “Swine” foi uma espécie de libertação:

I know I know I know I know you want me
Your just a pig inside a human body
Squealer squealer squeal out you’re so disgusting
You’re just a pig inside
Do ya I know I know I know I know you want me
Your just a pig inside a human body
Squealer squealer squeal out you’re so disgusting
You’re just a pig inside

Só em 2014 falaria: “Não quero que alguém diga que todas as coisas inteligentes e criativas que fiz se resumem a este anormal que me fez isto. Responsabilizo-me por tornar a minha dor bonita. Todas as coisas que fiz a partir do meu sofrimento fui eu que as fiz”.

“Ela é uma estrela, quero aquilo”

“Lembro-me de ver a Beyoncé e pensar: ‘Ela é uma estrela, quero aquilo, quero aparecer na MTV”, contava Gaga num documentário sobre a sua vida. Stefani era uma jovem com treino de música clássica. Sabia que tinha o talento suficiente mas também sabia que só Lady Gaga seria capaz de ter a atenção do mundo - mais ou menos o mesmo que fez com grupo de universitários que precisou de captar a atenção no clube de jazz.

É então que tem a oportunidade e, em 2008, edita “The Fame” - singles como “Just Dance” e “Poker Face” passam a liderar as tabelas. Para o público já não havia Stefani Germanotta, apenas Lady Gaga. Um visual altamente produzido, músicas dançáveis, cabelos louros, guarda roupa excêntrico - como esquecer o vestido de carne crua nos prémios de música da MTV?

Em “Assim nasce uma estrela”, a ascensão de Ally acontece da mesma forma: de um rock e baladas poderosas cheia de mensagens e paixão transforma-se num produto da indústria pop. Deixa que lhe digam o que vestir, o que cantar, como falar ou como se mexer. O palco já não é só dela, é de uma trupe de bailarinos, do fogo de artifício e das luzes mirabolantes.

Why do you look so good in those jeans?
Why'd you come around me with an ass like that?
You're making all my thoughts obscene
This is not, not like me
Why you keep on texting me like that? (Damn)
Got other things I need my mind on, yeah
Other responsibilities
This is not, not like me

Why did you do that
Do that, do that, do that, do that to me?
Why did you do that
Do that, do that, do that, do that to me?
Why did you do that
Do that, do that, do that, do that to me?
Why did you do that?
Why did you do that?

Ally ganha um Grammy. É considerada a artista revelação. Na vida real, Gaga nunca venceria nessa categoria, nem chegou a ser nomeada, mas venceu noutras: tem nove Grammys em casa. No total foi distinguida mais de 400 vezes, incluindo Billboard Awards, Brit Awards, prémios MTV, entre muitos outros. Canta, compõe. Há pouco tempo tornou-se atriz ( e até já venceu um Globo de Ouro pela sua interpretação na série “American Horror Story” e está nomeada ao óscar pela sua interpretação).

“A personagem da Ally é fundamentada pela minha experiência de vida. Ao mesmo tempo, queria ter a garantia de que ela não era eu, que era uma cadência das duas”, dizia Gaga à revista “Elle”. Quando Bradley Cooper viu e ouviu Lady Gaga pela primeira vez, ela cantava “La vie em rose” e quis que nós, quando a víssemos e ouvíssemos pela primeira vez no cinema, sentíssemos o que ele sentiu.

Assim nasceu uma estrela. Assim nasceu Lady Gaga: “Sempre fui artista. Sempre fui famosa, vocês é que ainda não sabiam”.

8 nomeações

Melhor filme
Melhor ator
Melhor atriz
Melhor ator secundário
Melhor argumento adaptado
Melhor fotografia
Melhor mistura de som
Melhor canção original

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