Um milhão de isolados: como é que hospitais, transportes, polícia, comércio e escolas estão a lidar com as baixas por covid-19?
Portugal nunca teve tantos infetados nem tantas pessoas em isolamento, mas os principais sectores da sociedade – saúde, comércio, transportes, cultura, segurança… – dizem que o impacto é mínimo. O Expresso mostra-lhe como está cada uma destas áreas a lidar com esta nova fase pandémica
SAÚDE
O Ministério da Saúde assegura que a situação está, de momento, controlada nos hospitais e centros de saúde, que os serviços continuam a funcionar sem que se sinta um grande impacto devido a baixas de pessoal provocadas por infeção do novo Coronavírus.
E não é expectável que a situação mude, explica o gabinete de Marta Temido. Os profissionais de saúde “apenas são considerados contactos de alto risco de um caso confirmado [situação que obriga a isolamento] se não tiveram a infeção há menos de seis meses ou se não tiverem a dose de reforço há pelo menos 14 dias”. Ora, atendendo a que foram considerados prioritários para a terceira toma, “o impacto da pandemia nos isolamentos tenderá a ser pouco expressivo”.
Porém, perante um fim de janeiro especialmente desafiante, “o Governo não deixará de procurar aumentar o número de recursos humanos que correspondam às necessidades reportadas e aos profissionais disponíveis”, assegura.
A ajudar à dita capacidade de resposta está, garante o ministério, o aumento de pessoal na área da Saúde verificado nos últimos sete anos, “que permitiu uma pronta e imediata resposta”. Desde o início da pandemia até ao passado mês de dezembro, os serviços e estabelecimentos sob tutela do Ministério da Saúde foram reforçados com mais cerca de 11200 trabalhadores, dos quais cerca de 1200 são médicos especialistas e 4200 são enfermeiros.
No universo dos lares não há a noticiar muitas baixas de pessoal por infeção nem por um aumento dos surtos. ”Algumas instituições terão tido necessidade de resolver faltas de pessoal com contratações pontuais ou pedindo horas extras ou menos folgas aos seus funcionários, mas são medidas temporárias, esporádicas, já que quem é infectado apenas tem de ficar sete dias em isolamento”, explica João Ferreira de Almeida, Presidente da ALI – Associação de Apoio Domiciliário, de Lares e Casas de Repouso de Idosos.
Recorde-se que logo no arranque do ano foram assinalados 51 surtos em lares de idosos que envolviam 609 casos de covid-19, o que, de acordo com a DGS, representava uma redução significativa neste setor. E a tendência manteve-se: João Ferreira de Almeida não tem conhecimento de surtos recentes ou de um aumento expressivo de infecções em lares nas últimas semanas. “Havendo rigor, não espero um aumento significativo de casos. E isso implica que não haja contacto físico com os mais velhos que estão nos lares. Costumo dizer que tem havido uma fome de beijos e abraços mas tem de ser”.
João Ferreira de Almeida teme, porém, o efeito das novas regras da DGS que indicam que os trabalhadores dos lares, desde que vacinados com a dose de reforço há pelo menos 14 dias, sejam considerados de baixo risco. O mesmo se aplica aos funcionários que tenham tido contacto com um caso positivo há mais de 180 dias. “Faz-me confusão esta decisão. Se alguém teve contacto com um caso comprovado poderá ficar contagiado e depois transmitir, apesar de estar vacinado. Será que tem a ver com os isolamentos e eleições? O que isto faz é facilitar a gestão do pessoal dos lares”.
O INEM garante ao Expresso que até ao momento a incidência da covid-19 tem-se mantido controlada no instituto,“fruto de várias estratégias implementadas para reduzir o seu impacto”. E assegura que não há qualquer meio de emergência ou serviço inoperacional devido à pandemia.
Até 20 de janeiro, num universo de mais de 1.600 profissionais, entre trabalhadores e prestadores de serviços, o INEM regista um total de 43 profissionais de baixa, por infeção ou isolamento profilático. Destes, 24 são operacionais.
A Associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANL) confirma que, tal como os restantes prestadores de serviços de saúde, têm sido confrontados com constrangimentos nos recursos humanos, mas sem grandes perturbações nos serviços. “São contingências dinâmicas e variáveis, dia a dia e laboratório a laboratório”.
Nos laboratórios Germano de Sousa, por exemplo, desde o início do ano que as equipas estão a trabalhar com dois terços do pessoal. “Temos tido contínuas baixas desde que começou a nova variante Ómicron. Surgem casos todos os dias, esses trabalhadores vão para casa de imediato para isolamento, assim como as pessoas que estavam a trabalhar junto a elas, e ocorre uma natural rotação de equipas. Quem ficou sete dias de confinamento regressa e dá lugar a outros que entretanto ficaram infectados. Uns compensam os outros. Temos tido dificuldades, mas não tenho informação que esta semana esteja a piorar em relação à anterior”, explica o patologista Germano de Sousa.
A ANL garante que têm sido implementadas todas as medidas necessárias para reduzir o impacto da pandemia nas suas capacidades instaladas que, obviamente, dependem dos técnicos e recursos disponíveis e que os laboratórios encontram-se atualmente a trabalhar de forma normal, apesar de eventuais demoras nos serviços. “Não se esperam perturbações, para além dos constrangimentos de tempo decorrentes de afluências muito elevadas e concentradas em certos locais e momentos temporais.”
COMÉRCIO
A falta de funcionários, em isolamento ou infetados, estará a levar a que alguns estabelecimentos comerciais sejam obrigados a fechar portas temporariamente, mas apenas no caso de pequenos negócios, como minimercados ou lojas de vestuário. Não há ocorrências em cadeias de supermercados ou comércios de maior dimensão, garante João Vieira Lopes, presidente da Confederação de Comércio e Serviços de Portugal (CCP). “O grande problema nas grandes cadeias de supermercados é conseguirem repor os produtos e stocks nas prateleiras com o ritmo necessário porque o pessoal está reduzido. Isto tem-se sentido significativamente neste mês porque tem havido uma onda bastante grande de pessoas em isolamento.”
As caixas dos supermercados mantêm-se, até ao momento, a funcionar de forma adequada ao número de clientes. Se se confirmarem as previsões de um aumento de casos até o final desta semana, João Vieira Lopes prevê maior dificuldade nos serviços. “Ninguém está preparado. Estas questões variam. O que até agora os estabelecimentos comerciais têm feito é alargar os horários dos trabalhadores, compensando-os com horas extraordinárias ou com períodos de compensação de descanso, havendo quem se disponha a trabalhar mais para manter a porta aberta dos estabelecimentos.”
No caso específico dos Centros Comerciais, têm aumentado as dificuldades em manter os espaços abertos. E mesmo entre as equipas de limpeza e segurança tem havido constrangimentos pelo absentismo por infeções. Mas na maior parte dos casos as lojas não tiveram de fechar. “E mesmo nos dois ou 3 casos em que os lojistas foram forçados a fechar as portas, foram encerramentos de apenas uma tarde ou de um dia até as equipas se organizarem”, explica Rodrigo Moita de Deus, diretor executivo da Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC), que elogia a recente alteração das regras de confinamento. “Foi o que nos valeu. Senão estaríamos a falar de muitas roturas de stocks e encerramentos de lojas.”
Para fazer face ao aumento de baixas de pessoal, os lojistas dos Centros Comerciais têm feito, nalguns casos, reforço de pessoal e pago horas extraordinárias aos funcionários. “Vamos continuar a fazer o esforço para manter tudo aberto, porque os Centros Comerciais são um ecossistema que só funciona se todas as lojas estiverem abertas, caso contrário vamos ter uma quebra na procura e nas vendas. Não esperamos grandes alterações e é aguentar com compromisso e exigência nas regras de segurança.”
TEATROS
Têm sido vários os espetáculos que não chegaram a subir aos palcos nacionais porque elementos do elenco ou pessoal técnico testaram positivo à Covid-19. O grande desafio é assegurar a devolução dos bilhetes do público e, sempre que possível, fazer um reagendamento dos espetáculos nos respetivos teatros, para que os elencos possam ser pagos, já que a verba especial estabelecida durante o Estado de Emergência para o cancelamento das récitas já não está em vigor no momento atual.
No Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, já foram canceladas várias récitas de três espetáculos agendados para janeiro, por casos de infecção no elenco. E o adiamento de outros tantos. Um deles foi o espetáculo “Ilhas”, com encenação de Miguel Seabra, que apenas levou a cena 4 sessões, ficando cinco delas anuladas (de 15 e 21 de janeiro), após alguns elementos da equipa terem ficado infetados. Também o espetáculo “Aurora Negra” (integrado no Feminist Futures Festival), viu as suas duas sessões canceladas (as de 24 e 25 de janeiro) devido a isolamento profilático de um dos elementos do espetáculo. E o mesmo aconteceu com o “Hopeless”, que deveria ter lugar a 27 de janeiro.
O funcionamento do teatro não tem sido comprometido por casos de infeção na equipa. “Não temos tido situações suficientes para isso, o nosso rastreio é rígido, temos substitutos preparados e desmultiplicamos equipas”, esclarece Cláudia Belchior, Presidente do Conselho de Administração do D. Maria II. No entanto, tem sido impossível escapar às infeções nos elencos que levam ao inevitável cancelamento dos espetáculos. “Muitas vezes sabemos dos casos em cima da hora, como o de um ator que ia participar num dos espetáculos do festival e que testou positivo ao embarcar no avião”.
O Teatro Dona Maria II garante contratos de trabalho com os artistas e técnicos das suas produções próprias, o que assegura o vencimento integral dos elencos apesar dos cancelamentos. Quanto às co-produções, as situações são geridas caso a caso.
Também o Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, teve de cancelar e adiar várias récitas e ações previstas no calendário de janeiro e está de momento com 30% da sua equipa em casa infectada com Covid-19, embora essas situações também não estejam a comprometer o bom funcionamento do teatro. “A própria equipa de palco está afetada. Mas os elementos revezam-se. Quando uns vêm já recuperados, outros vão para casa cumprir o isolamento. E assim estamos a conseguir manter o teatro a funcionar sem reforços. Até ao momento nenhum cancelamento teve a ver com Covid da equipa, mas sim dos elencos”, garante Aida Tavares, diretora do teatro.
O espetáculo “Uma Dança das Florestas”, com encenação de Zia Soares, e co-produção do Teatro Griot, levou menos duas récitas a palco e foi igualmente cancelada a instalação “Poromechanics” e o espetáculo “Cabraqimera”, de Catarina Miranda, adiados para Outubro. Também foram adiadas as oficinas para escolas (Re)existir, (Re)encontrar, de Aldara Bizarro e Sónia Baptista. “O que estamos a tentar é não deixar cair os espetáculos, garantindo que sejam reagendados, ou transformados em conversas públicas, para que os artistas sejam pagos.”, esclarece Aida Tavares.
Quanto ao Teatro Nacional São João, no Porto, dois dos espetáculos previstos para janeiro também viram as récitas canceladas, em parte ou na totalidade por elementos do elenco infetados. Foi o caso de “O Balcão”, de Jean Genet, com encenação de Nuno Cardoso, que só conseguiu levar a cena 3 récitas, e “Aquilo que Ouvíamos”, com texto e direção de Joana Craveiro, este último totalmente cancelado. No entanto, o teatro sublinha que nenhuma alteração à programação foi motivada pelo isolamento de elementos das equipas do São João, tendo sido sempre possível, até ao momento, suprir ausências provocadas pela pandemia e garantir todas as condições técnicas e de acolhimento público necessárias à apresentação dos espetáculos. E mais adianta: “O reagendamento dos espetáculos ou récitas canceladas é difícil e, nesta fase, altamente improvável, tendo em consideração o calendário de espetáculos e iniciativas do Teatro Nacional São João até ao final do ano. Surgindo, contudo, essa possibilidade, não deixará de ser considerada.”
SEGURANÇA
Na segunda-feira, a Guarda Nacional Republicana (GNR) tinha registo de 164 casos ativos de covid-19, de militares e civis, a nível nacional. O número parece grande mas, em 8 mil efetivos, não ultrapassa os 2%. “Não há constrangimentos operacionais a assinalar”, garante o porta-voz, tenente-coronel João Fonseca.
Até à data, 7743 elementos da GNR receberam a dose de reforço da vacina contra a covid-19.
TRANSPORTES
A CP começou a semana com 92 funcionários de baixa por causa da pandemia, 37 em recuperação em casa e 55 em isolamento profilático. Mas a empresa ferroviária “tem conseguido realizar a sua operação sem constrangimentos significativos”, assegura o gabinete de imprensa. O efetivo total da transportadora é composto por mais de 3.750 trabalhadores e cerca de 2 mil asseguram a operação e realização de comboios, como maquinistas e revisores.
Desde março de 2020 que a CP tem um Plano de Contingência que prevê, entre outros aspetos, “cenários de operação perante reduções de disponibilidade do efetivo laboral”, que não foi ainda necessário acionar. Para reduzir o risco da indisponibilidade de recursos, há testagem em contexto laboral.
No Metro de Lisboa, a situação gera mais preocupações, já com supressões de comboios devido à falta de maquinistas. Na terça-feira, a empresa registava 109 trabalhadores em isolamento ou positivos, nas áreas da manutenção, operações, comercial e técnica, sem contar com os casos dos funcionários em teletrabalho. “Nos últimos dias, temos registado maiores taxas de absentismo em consequência da pandemia de Covid-19. Nesta altura, temos cerca de 20% do total de maquinistas de baixa ou em isolamento. Naturalmente que esta situação provoca constrangimentos ao nível da normal oferta de serviço, sendo que as maiores dificuldades têm sido sentidas neste campo e no serviço ao cliente”, revela a empresa.
Apesar de “todos os esforços no sentido de tentar diluir os efeitos desta situação por toda a rede, tendo em especial atenção as horas de ponta”, o Metro de Lisboa não conseguiu evitar a supressão de alguns comboios, “situação que causa alguns atrasos no serviço de exploração e tempos de espera maiores do que o habitual”.
Face às especificidades das funções, nem sempre tem sido possível recorrer à substituição temporária de trabalhadores, esclarece a transportadora. A gestão das ausências tem sido feita com recurso às reservas existentes, à adaptação de escalas, ao trabalho suplementar e ao aumento do recurso aos vigilantes nas estações.
O Metro de Lisboa tem em funcionamento um Grupo de Acompanhamento da Pandemia (GAP) que monitoriza, analisa e propõe medidas de ajustamento ao serviço de acordo com a evolução da mesma, tendo por base um plano de contingência. Foram ainda criados cenários de oferta de serviço de acordo com a perspetiva de evolução pandémica que poderão ser acionados a qualquer momento.
Foi reforçada a limpeza nos locais administrativos, zonas comuns e equipamentos, e desde a passada semana estão também disponíveis postos de testagem gratuitos nas estações Alameda e Jardim Zoológico, onde os colaboradores do ML têm prioridade no atendimento.
Na Transtejo Soflusa (TTSL), as duas primeiras semanas do ano foram as mais complicadas. As limitações de recursos humanos operacionais obrigaram a algumas supressões nos horários da hora de ponta, em especial na ligação fluvial de Cacilhas. “Mas a oferta fluvial global tem sido realizada na devida normalidade”, garante a empresa.
Atualmente registam 8 casos de isolamento profilático (1,8% do quadro de pessoal), sendo que entre 1 e 24 de janeiro de 2022 tiveram um total de 54 funcionários nessa condição (cerca de 13% dos trabalhadores).
Para manter os números sob controlo, a TTSL mantém ativo, desde abril de 2021, um plano de testagem semanal a quem se encontra em trabalho presencial ou teletrabalho parcial. A área corporativa mantém o trabalho à distância. “Esta medida específica permite a identificação precoce dos casos positivos, evitando o acelerar da propagação da doença”, explica a empresa.
A covid-19 também não tem atrapalhado a travessia ferroviária do Tejo, de Setúbal a Roma-Areeiro, assegurada pela Fertagus. Em janeiro, 17 colaboradores estiveram de baixa por covid-19 ou isolamento profilático. Em simultâneo, na área comercial foram apenas 3 e na manutenção 2. “Não obstante, sempre que se verifique um nível de absentismo superior ao normal devido à pandemia, para fazer face às ausências, recorre-se à realização de horas extraordinárias, ao trabalho em dias de folgas ou a alteração dos períodos de férias e por fim à redução do número de serviços. Até ao momento, nenhuma das situações mencionadas foi necessária implementar. Só numa situação extrema poderá haver afetação do serviço comercial”, garante a empresa.
A Fertagus tem certificação Covid Safe e um plano de contingência que define as medidas preventivas a adotar em cada momento, bem como as regras de utilização dos espaços comuns e a implementação de horários desfasados.
A norte, o Metro do Porto também circula sem interferências. “Em termos de atividade e serviço não se registou, desde o início da pandemia, qualquer impacto na operação. Não houve nunca o caso de viagens canceladas ou necessidade de rever frequências ou horários em função da indisponibilidade de pessoal. Por isso, em termos práticos e para efeitos do cliente, o impacto é zero”, revela a empresa.
Todo o pessoal afeto à operação e manutenção – são cerca de 320 funcionários – é testado regularmente e as equipas funcionam alternadas, em regime de espelho.
EDUCAÇÃO
De acordo com o Ministério da Educação, os cerca de 150 mil testes realizados nas escolas a docentes e não docentes – rastreio determinado pela DGS -, desde o início do 2º período, revelaram uma taxa de positividade de 1,79%, o que corresponde a perto de 2700 casos positivos nos cerca de 5400 estabelecimentos de educação e ensino de norte a sul do país.
Nos próximos dias ainda serão realizados testes pontuais, num conjunto muito reduzido de escolas, que não puderam ocorrer ainda por limitações das equipas de testagem dos laboratórios, também a braços com situações de isolamentos. Este rastreio, facultativo, é independente dos testes realizados “por motivo de investigação de casos, contactos e/ou surtos na comunidade escolar”, tal com refere a norma da DGS.
O impacto do absentismo destes docentes e funcionários em isolamento não é revelado pela tutela, mas a estas ausências provocadas pela pandemia juntam-se, garante a Federação Nacional de Professores (Fenprof), a baixa de mais 400 professores no segundo período deste ano letivo, todas superiores a um mês e por outras causas. Como consequência, mais de 25 mil alunos estão sem aulas a pelo menos uma das disciplinas.
De acordo com a presidente da Associação de Creches e Pequenos Estabelecimentos de Ensino Particular (ACPEEP), Susana Batista, citada pelo Público, há creches e jardins-de-infância a fechar por falta de educadores e auxiliares, infetados ou em isolamento profilático.
Pela mesma razão, há também milhares de alunos em casa. Os números dispararam desde o início das aulas, a 10 de janeiro, principalmente entre as crianças dos zero aos 9 e dos 10 aos 19 anos, revelam os dados diários da DGS, com cerca de 10 mil novos casos diários nestas faixas etárias. E nem todas as escolas públicas estão a conseguir assegurar aulas online para os estudantes impedidos de frequentar as aulas.