Coronavírus

Mais de 2800 milhões de euros em apoios ligados ao impacto da pandemia ficaram por usar

Mais de 2800 milhões de euros em apoios ligados ao impacto da pandemia ficaram por usar
ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

“Com exceção da Linha Retomar, a taxa média de execução foi superior a 90%”, garante o Ministério da Economia e do Mar

O Governo disponibilizou 5,06% do PIB de garantias públicas para apoio aos impactos da pandemia, mas ficaram por executar 1,24%. Este valor corresponde a cerca de 2815 milhões de euros. De acordo com o jornal “Público”, estes dados estão disponíveis numa tabela que consta dos documentos da proposta de Orçamento do Estado para este ano.

Um dos apoios que ficaram por executar, foi a Linha Retomar, criada no final de setembro do ano passado para ajudar as empresas dos sectores mais afetados a resistir ao fim do período das moratórias. Segundo a tabela, foram usados menos de 0,01% do PIB, ou seja, menos de 22,7 milhões, quando estavam em causa 0,47% do PIB.

Do lado da execução, o destaque vai para o Apoio à Economia Covid-19. O apoio, lançado em março de 2020, corresponde a 3,82% do PIB e usou praticamente todo o valor disponível: 2,44% do PIB, equivalente a 5539 milhões, quando tinham sido reservados 2,5%.

O Ministério da Economia e do Mar refere que “com exceção da Linha Retomar, a taxa média de execução foi superior a 90%, a qual se considera bastante satisfatória”. “O menor nível de contratação na linha Retomar, em comparação com as demais linhas, explica-se pelo facto de existirem soluções alternativas de financiamento das empresas disponíveis no mercado”.

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