O Infarmed e a Direção-Geral da Saúde estão a avaliar a hipótese de reforçar com mais uma dose a vacinação de pessoas mais vulneráveis (mas só essas), tendo sido já assinados dois contratos que salvaguardam essa situação mas também novas variantes do vírus.
Em comunicado enviado às redações, o Infarmed diz estar "a acompanhar os dados técnico-científicos à medida que estes se encontram disponíveis, nomeadamente visando a ponderação, no Plano de Vacinação contra a Covid-19, da eventual necessidade de doses adicionais ao esquema aprovado para algumas populações mais vulneráveis".
Para acautelar esse reforço, bem como o "o desenvolvimento de vacinas adaptadas a novas variantes" do vírus da covid-19, Portugal tem "dois contratos estipulados, cujo volume de vacinas ultrapassa os 14 milhões, com os laboratórios BioNTech/Pfizer e Moderna", lê-se no comunicado. Foram contratualizadas, além disso, mais de 10 milhões de vacinas da Pfizer para 2023.
Segundo o Infarmed, "poderão ainda chegar a Portugal mais vacinas, no âmbito de futuros contratos, com algumas das vacinas ainda em avaliação" pela Agência Europeia do Medicamento.
Por enquanto, Portugal vai manter o esquema vacinal que tem seguido até ao momento para a generalidade da população, não acrescentando uma dose de reforço às vacinas contra a covid-19 que estão a ser administradas.
“A informação disponível até à data não permite concluir sobre a necessidade, e momento, de realização de reforço vacinal, prevendo-se, portanto, o esquema vacinal aprovado na Autorização de Introdução no Mercado atribuída pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para cada vacina”, refere o Infarmed
Em Portugal, são administradas duas doses das vacinas da AstraZeneca, Pfizer-BioNTech e Moderna, com um intervalo de algumas semanas, e uma dose da vacina da Janssen.
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