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Coronavírus

Manuel Carmo Gomes, o homem que explicou que a covid não se combate com o ioiô

Manuel Carmo Gomes, o homem que explicou que a covid não se combate com o ioiô

Foi dos nomes mais falados em Portugal esta terça-feira: Manuel Carmo Gomes explicou no Infarmed como o confinamento gradual falhou e por que motivo Portugal precisa de critérios claros para confinar e desconfinar. Fez uma análise muito crítica da estratégia do Governo mas disse que a ministra da Saúde estava a par do que ele ia dizer. Pouco depois soube-se que esta era a última reunião no Infarmed em que Manuel Carmo Gomes ia participar - este é o pensamento dele

Os diferentes especialistas - sejam epidemiologistas, matemáticos, profissionais de saúde no terreno - têm esboçado diagnósticos, previsões e ideias desde o arranque da pandemia no país, em março, sobre como travar o vírus. Manuel Carmo Gomes, professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e também um dos peritos que o Governo escutou nas reuniões do Infarmed, é um deles. Esta terça-feira, este epidemiologista foi particularmente crítico da atuação do Governo e ainda adiantou que, embora pudesse estar presente quando necessário, ia abandonar aquelas reuniões por falta de tempo: “Não estou zangado com ninguém. Hoje achei apenas que era a minha oportunidade de fazer as pessoas refletir”, disse à revista “Visão”.

Resumindo a sua intervenção, que o próprio não quer que seja explorada politicamente e cujo conteúdo garante que a ministra da Saúde já conhecia, Carmo Gomes referiu que as medidas graduais não servem, assim como é necessário mais testagem e critérios claros para fechar e desconfinar.

A crítica estava afiada: "Janeiro foi muito mau. Acho que é minha obrigação, como especialista, fazer uma reflexão sobre a estratégia e o que podemos fazer melhor para evitar [novamente] chegar à situação de janeiro. A forma como temos vindo a lidar com a epidemia consiste em ler indicadores que chegam com sete dias de atraso, adotar medidas em resposta, esperar uma semana ou até 15 dias para ver o resultado das medidas, que normalmente não são suficientes. E continuamos nisto. O que acontece é que a partir de certa altura não conseguimos controlar o vírus. E a sociedade começa a dividir-se, é o resultado de andarmos atrás da epidemia". Ou seja: a "resposta gradual é insuficiente". "Precisamos de ter uma resposta agressiva guiada por critérios objetivos. Se se ultrapassarem linhas vermelhas, temos de tomar medidas logo."

Nesta altura em que foi anunciada a saída de Manuel Carmo Gomes, puxamos a fita atrás e reunimos por ordem cronológica alguns dos seus alertas, contributos e ideias desde março de 2020 nas várias entrevistas ou declarações que fez ao longo dos meses.

Uma das primeiras vezes em que se soube da sua intervenção foi através de líderes partidários e aconteceu na reunião do Infarmed de 31 de março de 2020. O tom foi descontraído na hora de prever o que vinha aí, segundo o jornal “Observador”. “Se o senhor Presidente me obriga a responder, eu respondo”, brincou. “O pico pode ser já na primeira quinzena de abril, como pode estar a ocorrer neste momento, como pode até já ter ocorrido.” Na altura havia 7443 casos de covid-19 no país, 160 mortes e 627 hospitalizados (188 em unidades de cuidados intensivosUCI). Aquele 31 de março foi a primeira vez que Portugal superou os 1000 casos num dia (1035).

A 19 de abril contou à revista “Sábado” que o envolvimento com as autoridades de saúde para colaborar no combate à pandemia terá ficado mais sério depois de ter escrito um artigo para o “Público”, em meados de fevereiro. A curiosidade e o conhecimento da temática, contou então, surgiram para dar uma aula. Nesse mesmo dia, no programa “Da Capa à Contracapa”, da Rádio Renascença, alertou: “No dia em que começarmos a descomprimir, vamos ter um aumento do número de casos. Não de imediato, mas entre uma semana e 15 dias após o momento em que as pessoas são infetadas. Existe um atraso até que as pessoas tenham sintomas com o período de incubação, que nesta doença dura cinco a seis dias. Existe ainda um pequeno atraso até sabermos que aquela pessoa teve sintomas”. Nesta altura Portugal registava 20.206 casos de infeção, 714 óbitos e 1243 pessoas internadas, sendo que dessas 224 estavam nos cuidados intensivos.

Na altura não só pediu “passinhos de bebé” para o desconfinamento como testes serológicos a uma escala geográfica alargada: “Esperemos que os ressurgimentos sejam localizados, por áreas geográficas e por grupos etários. O crescimento da doença não deverá ser tão rápido como o que observámos em março. Já temos algumas pessoas imunizadas, apesar de serem poucas. Se duplicarem os casos em três ou quatro dias, perderemos rapidamente o controlo da situação. Se começarmos num nível baixo, a duplicação ainda nos permite reagir. Espero ir por esse caminho, que desconfinemos com passinhos de bebé, um de cada vez e sempre muito vigilantes. E sempre tendo em atenção que aquilo que fizermos hoje aparece só daqui a sete ou 15 dias”.

O especialista explicava então que os testes a uma escala alargada permitiram “perceber quais as regiões do país em que há mais pessoas imunizadas”, assim como “conhecer a realidade por grupo etário”. E questionava: “Será que as crianças têm um nível de imunização mais elevado do que os jovens adultos e os idosos?”. As fórmulas matemáticas começavam a ganhar forma para ser possível, explicou, dar-se conta da previsão da evolução de casos, óbitos e internamentos nos próximos tempos. O perito, que antecipava a “inevitabilidade de uma segunda onda” (que desconfiava não ter a dimensão da primeira), já desaconselhava então uma estratégia ioiô, isto é, de alternância regular entre confinamentos e relaxamentos de restrições à medida que o vírus evolui ou perde força. Para tal sugeria as linhas da União Europeia: “Ter um bom sistema de vigilância que permita detetar com rapidez os novos casos, isolá-los e fazer o rastreio de contactos. Este é um trabalho extraordinário de formiguinha que tem sido feito pelos nossos delegados de saúde. Temos de ser muito bons a fazer isso”.

A 4 de maio, em entrevista ao “Jornal de Negócios”, admitia que os portugueses estavam a “atingir um estado de fadiga que começa a ser perigoso”. E lamentava: “Temos de nos preparar para o pior”. Nesta altura, o país somava 25.524 casos de covid-19, 1063 óbitos e 813 doentes internados (143 em UCI). No final do mês, a 28 de maio, quando a autoridade de saúde não parecia favorável a medidas diferenciadas para a região de Lisboa, especialistas como Manuel Carmo Gomes aceitavam-nas. Naquele dia, Lisboa e Vale do Tejo registou 87,17% dos novos casos no país (265), invertendo assim a tendência do início da pandemia, quando o Norte foi a região mais castigada pela doença. “Faz sentido que as medidas que se tomem sejam proporcionais, do ponto de vista geográfico, àquilo a que estamos a assistir”, defendeu nas páginas do “Público”.

Apesar de tudo, e daquela tendência preocupante na região de Lisboa, o epidemiologista considera que o desconfinamento estava “a correr razoavelmente bem”. Porquê? “Estamos a imunizar uma parte da população e não estamos a colocar os hospitais sob grande pressão”, dizia, vislumbrando uma questão positiva na contínua existência de casos diários: os portugueses assim não esqueciam que “o vírus está entre nós”. E acrescentou: “Se tivéssemos um mês de julho e agosto sem ter casos, tenho muito receio que as pessoas adquirissem um sentido de falsa confiança que poderia ser perigoso quando chegasse outubro. Isto mantém as pessoas em alerta e conscientes de que as recomendações de distanciamento de higiene são para levar muito a sério enquanto não tivermos uma vacina”.

A 13 de junho, nas páginas do Expresso, admitia que os números estavam demasiado altos (36.463 casos, numa altura em que Lisboa e Vale do Tejo abarcava durante vários dias 90% dos casos diários) e desresponsabilizou o desconfinamento: “Os casos começaram a aumentar no final de abril, princípio de maio, ainda antes das primeiras medidas de reabertura. O vírus propaga-se onde houver mais pessoas suscetíveis e se houver condições físicas que facilitam essa propagação, como locais fechados, pouco arejados, não expostos a radiações ultravioletas e com baixa humidade. Essas condições encontram-se em dormitórios, cafés, transportes, cantinas. É nesses locais que podem surgir os supertransmissores, quando uma só pessoa infeta 10, 15 ou 20”, alertava.

No terceiro dia de agosto, num artigo escrito no “Público”, Manuel Carmo Gomes declarava que “entrar no outono sem perspectiva de vacina ou de tratamento eficaz para a covid-19 é presentemente a maior preocupação das autoridades de saúde em Portugal e em todo o hemisfério Norte”. E voltava uma pergunta e a sua resposta de mão dada: “Iremos assistir a um forte ressurgimento da epidemia, a dita segunda onda? É a pergunta a que ninguém consegue responder com segurança”.

Este epidemiologista, que nesse texto declarou a transmissão por aerossol como a questão “mais problemática”, definiu ainda assim três grupos de factores para a abordagem à pandemia no pós-verão: “O primeiro grupo tem que ver com o nosso comportamento e com as formas de transmissão do vírus. O segundo com o grau de imunidade adquirido pela população, particularmente a proteção adquirida pelas pessoas que já foram infetadas e a sua possível reinfeção. O terceiro com a efetividade da intervenção das autoridades de saúde em contexto de ressurgimento da epidemia”.

Na altura este artigo já se referia a tópicos fundamentais desta pandemia. Por exemplo, o especialista escrevia então que um inquérito serológico realizado à escala nacional pelo Instituto Ricardo Jorge dava conta de que o número de casos diagnosticados de infeção em Portugal representava menos de 12% do total de infeções ocorridas no país e que a maioria das infeções era assintomática ou com sintomas suaves. Muito longe dos mínimos olímpicos para a tão debatida imunidade de grupo, apenas 3% a 5% dos portugueses teriam sido infetados naquela fase. Mais: “É pouco provável que se voltem a justificar medidas de confinamento geral, emanadas centralmente, abrangendo grandes áreas geográficas e com grandes danos sociais e económicos. Seria muito mau sinal regressarmos aí”. Mas regressaríamos…

Manuel Carmo Gomes defendia que as autoridades de saúde tinham dois papéis neste combate diário: “O primeiro é tecnológico. Portugal deveria ter um mapa de risco de covid-19, atualizado diariamente, de forma automática, que auxiliasse cada município a conhecer em tempo real a sua situação epidemiológica e a dos municípios vizinhos. (...) O segundo papel para as autoridades centrais e regionais consiste em auxiliar as autoridades locais a ajustar as diretrizes gerais acima mencionadas a cada situação concreta. Eventualmente, em situações epidemiológicas de maior gravidade, a complementação das equipas de saúde pública locais com o envio de equipas móveis que auxiliem no rastreamento de contactos, nas aplicações de testes e no isolamento dos casos confirmados”.

E sentenciou: “A covid-19 gerou uma crise sanitária coletiva. Ao contrário de outras ameaças coletivas, como as climáticas, esta tem a particularidade de nos fazer sentir muito rapidamente e com grande proximidade as consequências de não sermos todos os dias participantes disciplinados no seu combate. A solução final para esta crise vai basear-se na ciência e tomará a forma de uma terapêutica ou de uma vacina. Até essa solução chegar, sabemos o que é necessário fazer para mitigar a crise, estamos mais bem preparados e mais informados, é indispensável usarmos o conhecimento que adquirimos”.

Mas, e porque este artigo já vai longo, demos um salto importante para a altura do Natal, um episódio que parece ser consensual que contribuiu definitivamente para o crescimento de casos insustentável para os hospitais observado em janeiro. Manuel Carmos Gomes disse assim ao “Jornal Económico”: “Haverá agregados familiares que se vão encontrar uns com os outros. Inevitavelmente, espero que haja um aumento do número de contágios na altura das festas, naquela semana entre 23 e o fim do ano”, disse então, alertando que tal situação se iria refletir “passados 15 dias”. O perito, disse-o em mais do que uma entrevista, não defendia o alívio das medidas restritivas. Estamos a 3 de dezembro, nesta altura registavam-se 73.876 casos ativos, 4724 óbitos e 3330 hospitalizados (525 em UCI).

Mais um exemplo dessa posição face ao Natal aconteceu na Rádio Observador, a 4 de dezembro, embora com a introdução de um dado novo: humanização do Natal. “Não disse que se podiam aliviar as medidas, pelo contrário, disse que as medidas deveriam ser mantidas, que poderia haver pontualmente reajustes, mas não necessariamente aliviar”, começou por dizer. “Neste momento estamos na direção certa, com uma diminuição à volta de 3.1% dos casos por dia. Se continuarmos neste caminho iremos reduzir o número de casos aproximadamente para metade dentro de 22, 23 dias, vai coincidir quase com o Natal”. Se houvesse alívio, avisava, “é natural que venhamos a ter um recrudescimento da doença”. O perito associou a ideia de aliviar as medidas no Natal à humanização daquele período festivo. Ou seja, conseguia compreender que houvesse esse pedaço de Natal, ressalvando que teria de haver precaução e cuidado com os mais frágeis, os idosos, que deveriam usar máscara, alertando para os espaços não arejados. “Queremos que os avós estejam no Natal de 2021.”

E o alívio da circulação entre concelhos, aconselharia? “Como epidemiologista, nunca aconselharia isso. Do ponto de vista epidemiológico, tudo o que incremente ou promova o aumento de contactos entre agregados familiares que habitualmente não coabitam vai aumentar o número de casos. O simples facto de estarem todos presentes na mesma sala faz com que se forme um aerossol onde pode estar o vírus - que pode ser inalado por qualquer pessoa”, alertava, nunca deixando de repetir: “do ponto de vista epidemiológico, isto é totalmente desaconselhável”. Este especialista deixou claro também que mais rápido defendia um alívio no Natal, por todo o simbolismo e pelas expectativas geradas durante o ano, ao invés do Ano Novo: “Peço desculpa a quem gosta de festa, mas não estamos em altura de festas. Lamento muito”.

E permitiu a esperança entrar na conversa: “Estou otimista em relação ao verão”, reconheceu, justificando-o com o plano de vacinação em marcha e as condições climatéricas, que levariam a população a frequentar mais espaços no exterior. E a quarta vaga, é uma hipótese?, foi-lhe questionado numa altura em que a terceira vaga ainda não era um facto. “Depende da proporção da população que conseguimos imunizar no primeiro trimestre. Não é impossível, é difícil fazer previsões sobre isso. Mas uma eventual quarta vaga não teria a agressividade da segunda…”

A 12 de janeiro, numa entrevista ao “Público”, foi questionado sobre o que teria estado na origem de um salto tão importante no que tocava aos novos casos pós-Natal. “Constatamos que existe uma dissonância entre o número de novos casos que surgiram precisamente naquela semana de Natal – entre 24 e 29 de dezembro – e o número de testes”, explicou então. “Essa dissonância, no nosso entender, libertou aproximadamente um conjunto de pessoas na ordem das 5000, que tinham a doença e não foram testadas naquela altura. Depois, se o R for igual a 1, essas 5000 pessoas transmitem a outras 5000 e assim por diante. Tem a agravante que, por essa altura, muitas pessoas estavam fora da sua residência habitual e movimentaram-se e, portanto, há uma propagação que penso que explica esta subida.”

Fazia sentido então um regresso ao confinamento?, perguntaram-lhe, imitando-se as medidas restritivas de março e abril de 2020. “Para mim é urgente tomá-las dado o elevado nível de incidência em que estamos, houvesse variante [inglesa] ou não. Apresentei uma projeção do número de casos que, se não fizermos nada, podemos vir a ter. Ultrapassam os 18 mil, 19 mil, 20 mil por dia. É crescimento exponencial. Acho que é absolutamente urgente fazermos qualquer coisa. Quanto mais tempo deixarmos a incidência subir muito, mais tempo levamos a fazê-la descer”, alertava. E as escolas, abertas ou fechadas? “Penso que a situação é tão preocupante que estar a discutir pormenores - como se é só o 11.º e o 12.º ou não - é académico. A situação é tão grave que acho que devemos fazer todo o possível para travar isto o mais depressa possível e, depois, poderíamos reabrir gradualmente. Mas, no cenário que prevemos, vamos levar muitas semanas até conseguirmos vir para níveis geríveis do ponto de vista hospitalar.”

A 12 de janeiro, o boletim da DGS dava conta de 110.388 casos ativos e uma taxa de letalidade de 1.63%. Na altura somavam-se, em números absolutos, 496.552 casos de infeção e 8080 óbitos. Nos hospitais estavam 4043 doentes, 599 deles nas UCI.

A 19 de janeiro, no Fórum da TSF, não tinha dúvidas quanto ao fecho das escolas: “Não é tempo para estarmos em discussões académicas sobre onde os jovens se infetam. Temos de manter a proteção relativamente aos mais idosos. Não creio que consigamos desacelerar a velocidade a que vai esta epidemia com velocidade necessária para não nos encontrarmos na situação de estarmos agora muitas semanas com os casos acima dos dez mil”. Mais: “Não podemos continuar a fazer experiências. O vírus já lá vai ao fim da rua e nós ainda continuamos a ver se o conseguimos apanhar”. As escolas e todos os estabelecimentos de ensino seriam encerrados dois dias depois, a 21 de janeiro.

Nesse 21 de janeiro, em declarações ao “Observador”, o tom já era mais alarmante: “Não há recursos, em termos de rastreio, para acompanhar o vírus. O vírus é subestimado e há muitos casos por detetar”. Numa altura em que o perito estimava 16 mil casos por dia no início de fevereiro, restava um caminho: o confinamento rigoroso, imposto e que ganhou músculo perante a passividade de uma parte da população. Estes foram os valores de casos diários observados entre 1 e 9 de fevereiro: 5805, 5540, 9083, 7914, 6916, 6132, 3508, 2505 e 2583.

Esta terça-feira, 9 de fevereiro, Manuel Carmo Gomes abandona as reuniões do Infarmed, não sem antes deixar um conselho: só sairemos desta pandemia com um aumento muito grande de testagem, algo que terá de andar lado a lado com as linhas vermelhas. Quais? “As linhas vermelhas são termos um R que não ultrapassa 1,1 (duplica em 7 dias com a nova variante); uma percentagem de testes positivos que não permita positividade de 10% (idealmente 5%); e uma incidência que não ultrapassa a capacidade de gerir doentes covid e não covid - sugiro os 2000 casos por dia, 1500 pessoas hospitalizadas, 200 em UCI.” No fundo, o país precisa de “regras claras sobre quando devemos confinar e desconfinar”, sendo que “estamos ainda longe disso”.

Atualmente o país tem 127.867 casos ativos, 14.557 óbitos no total e 6070 internados (862 em UCI). A comunicação transparente, afiança, é uma aliada: “Se esses critérios forem publicitados, as pessoas percebem”.

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