Coronavírus

Covid-19 Quando falta capacidade nos cuidados intensivos, há que escolher quem se trata

Covid-19 Quando falta capacidade nos cuidados intensivos, há que escolher quem se trata
MÁRIO CRUZ/LUSA

O aumento do número de infeções e de internamentos, especialmente nos Cuidados Intensivos, obriga os profissionais de saúde a estabelecer critérios que orientem a decisão sobre quem entra e quem fica de fora. No início da pandemia, a Ordem dos Médicos e a Faculdade de Medicina de Lisboa foram algumas das instituições que se debruçaram sobre o problema. Em Espanha, dos países mais pressionados, as orientações foram muito claras. O Expresso viu alguns destes documentos e explica o que está em causa

Todos os alertas estão dados de que, a manter-se o atual número de novas infeções e de internamentos, os Cuidados Intensivos dos hospitais portugueses poderão não conseguir atender a todos os doentes que deles necessitem. E, numa situação de escassez de recursos, os candidatos terão de ser avaliados caso a caso e a aceitação será reservada a que tiver maiores hipóteses de sobrevivência.

Nesta equação, são vários os fatores a ter em conta e nem sempre a idade é o aspeto determinante. Nem a ordem de chegada do doente. Demência e doenças crónicas altamente debilitantes são critérios capazes de afastar uma pessoa da Unidade de Cuidados Intensivos. A Ordem dos Médicos, desde o início da pandemia, mostrou-se preocupada com a necessidade de clarificar o processo de decisão, tendo elaborado um documento com recomendações aos profissionais de Saúde, que constam no parecer do Conselho Nacional de Ética e Deontologia. O acentuado aumento dos números de infeções e de internamentos em Portugal trouxe de volta o tema à discussão.

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