Espanha abrirá as suas fronteiras com os países do espaço Schengen dentro de menos de uma semana, a 21 de junho. Essa data coincidirá com o final do estado de emergência decretado em todo o país desde o passado dia 14 de março, em resultado da pandemia de covid-19. A única exceção será Portugal: as fronteiras entre vizinhos ibéricos continuarão fechadas até 1 de julho. A medida, que corrige uma decisão anterior do Governo espanhol, deve-se a exigências de reciprocidade vindas dos restantes países da União Europeia. A principal consequência do fim do estado de emergência e da entrada no período da nova normalidade é a total liberdade de movimentos dos cidadãos espanhóis em todo o território nacional.
Por iniciativa de Portugal, os dois países limítrofes vão celebrar a 1 de julho um ato conjunto revestido da maior solenidade. Realizar-se-á em dois pontos de um lado e outro da raia, ainda por definir, com a participação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do rei de Espanha, Felipe VI, e dos respetivos chefes de Governo, os socialistas António Costa e Pedro Sánchez. A cerimónia marcará a recuperação da liberdade de movimento entre os dois países, uma forte aspiração de regiões fronteiriças como Zamora, Salamanca, as duas províncias da Extremadura (Mérida e Cáceres) e o oeste da Andaluzia.
Mas a abertura de Espanha está a ser feita a medo.
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