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Coronavírus

Teletrabalho para sempre? Pandemia mostrou que “é possível” mas exige “mudança cultural” (e há a questão dos salários)

Teletrabalho para sempre? Pandemia mostrou que “é possível” mas exige “mudança cultural” (e há a questão dos salários)
Anthony Garand/Unsplash

A covid-19 obrigou as empresas a voltarem-se para o teletrabalho e vários especialistas dizem que nada voltará a ser como antes - o Twitter, por exemplo, já disse que vai permitir que funcionários seus fiquem em teletrabalho para sempre se assim o desejarem. As empresas “despertaram para esta possibilidade” (“Antes nem se colocava a questão. Uma coisa para resolver? Uma reunião? Pegava-se no carro e era como se não houvesse alternativa”) mas a hipótese de teletrabalho para sempre não é partilhada por todos com o mesmo entusiasmo (“Há um conjunto de custos que são transferidos para o trabalhador – eletricidade, água, até consumíveis - e o resultado é um menor salário disponível no fim do mês”)

Teletrabalho para sempre? Pandemia mostrou que “é possível” mas exige “mudança cultural” (e há a questão dos salários)

Mafalda Ganhão

Jornalista

De repente as empresas parecem ter descoberto o teletrabalho. Obrigadas a uma solução de recurso que minimizasse o impacto de uma pandemia que as abalroou sem aviso, um pouco por todo o mundo a opção foi fazer do trabalho à distância a regra, com os trabalhadores a adaptarem-se à pressas a um regime que até aqui vivia mais de ser a exceção.

A experiência não agrada a todos, sobretudo a quem se queixa do isolamento e da dificuldade de gerir casa e trabalho a partir de uma mesma sala de estar, mas tem colhido muitos argumentos a favor, desde logo pela redução de custos para as entidades empregadoras e até pelas vantagens para o ambiente. Já havia estudos a garantir que a produtividade dos trabalhadores não diminui – em muitos casos parece até acontecer o contrário –, o que agora leva os especialistas a garantir que o regime veio para ficar.

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