Coronavírus

Covid-19. Portugal  já tem 1.500 modelos de máscaras em testes 

Covid-19. Portugal  já tem 1.500 modelos de máscaras em testes 
Rui Duarte Silva

A imprensa francesa começa a falar da “poderosa indústria têxtil” lusa

A indústria têxtil portuguesa dá sinais de querer aderir em massa à produção de máscaras para resistir ao desafio da pandemia de covid-19 e começa a atrair a atenção da imprensa nacional.

Em Famalicão, no coração do Vale do Ave, o CITEVE – Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário já recebeu 1.500 modelos para testes e aprovou 60 propostas.

Em França, o jornal Le Figaro fala de “uma poderosa indústria têxtil que pensa em exportar”. Num artigo publicado no final da semana passada, o jornal destaca a forma como “várias centenas de empresas responderam ao apelo do governo”, reconverteram a sua capacidade de produção e estão prontas a “relançar uma fileira praticamente paralisada devido à pandemia de covid-19” para garantirem um regresso seguro da Europa à atividade,

“Em semanas, podemos ter milhões de máscaras no mercado", garantiu já Mário Jorge Machado, presidente da ATP - Associação Têxtil e Vestuário, dando conta que o sector está apto a fornecer o país, mas também clientes internacionais, com as novas máscaras sociais que resultam de normativas aprovadas em conjunto pelo CITEVE, Direção-Geral de Saúde e Infarmed.

Com as primeiras remessas a chegarem ao mercado, depois de homologadas pelo CITEVE com um selo identificativo especial que dá garantia aos consumidores, a indústria têxtil garante, também, um regresso à produção e à exportação, dando um impulso decisivo para a abertura controlada da economia.

"Foi um esforço de adaptação enorme, mas estamos a avançar e penso que vem aí um boom", comenta Braz Costa, diretor-geral do CITEVE, animado com “o ritmo de inovação demostrado pelas empresas num sector que mais uma vez dá provas de saber agarrar as oportunidades e reinventar-se".

Agora, parte do trabalho e da resposta ao desafio está, também, nos laboratórios e na estrutura de apoio que o Citeve montou em articulação com o Infarmed, ministérios da Saúde e da Economia, para receberem ritmo crescente de entregas para testes e aprovações que por vezes exigem algum tempo: num modelo reutilizável, com uma vida útil à prova de 30 ou 40 lavagens, estas têm de ser feitas em laboratório, tal como o processo de secagem, antes de a máscara seguir para o mercado com a respetiva certificação.

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