Ferro Rodrigues diz que a solução encontrada para comemorar o 25 de abril na Assembleia da República já é "um meio caminho", com cedências face às cerimónias habituais. Numa entrevista à TSF, o Presidente da Assembleia da República alerta que a “diretora-geral de Saúde teve ocasião de dizer de forma muito veemente que a situação da Assembleia da República não representa nenhum perigo para a saúde pública, muito menos a cerimónia de homenagem ao 25 de Abril de 1974″.
"Seria algo completamente estúpido" não comemorar a data, insiste Ferro Rodrigues, lembrando que o hemiciclo também reuniu para “votar as questões relacionadas com a lei de emergência” e têm ocorrido sessões uma vez por semana. Questionado sobre se não seria melhor um “meio-caminho”, Ferro respondeu: "O meio caminho é isto". No máximo, vão estar presentes 100 pessoas na comemoração.
Para o Presidente da Assembleia da República, desta pandemia já resultou “muito desemprego, muito lay-off, e portanto isto é um desafio não apenas para a democracia portuguesa, mas para a União Europeia" para mostrar se consegue responder a “situações graves de crise global como é esta.”
A segunda figura do Estado avisa ainda que se as respostas democráticas não surgirem pode assistir-se ao "avanço de alternativas de extrema-direita", de fenómenos "populistas e fascizantes nos próximos anos". Na sua opinião, "tudo aquilo que tem que ver com a utilização do medo e da mentira como instrumento político, é uma arma típica da extrema-direita e que está a mostrar que ainda existe”.
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