Os primeiros sintomas começaram a aparecer no gato uma semana depois de a dona ter sido confirmada como portadora da covid-19. O animal de companhia tinha dificuldade em respirar e problemas gástricos. Nada daquilo era normal. Aconteceu em Liège, na Bélgica, e esta sexta-feira as autoridades de saúde confirmaram que o gato também estava infetado pelo novo coronavírus. É o terceiro caso em todo o mundo de animais de estimação em que o vírus é detetado.
“São casos pontuais. Não há qualquer prova científica de que o animal transmita o vírus”, explica ao Expresso Jorge Cid, bastonário da Ordem dos Veterinários. “Devem continuar a tratar bem os animais e agora, numa altura de quarentena, é boa altura para usufruir ainda mais da companhia dos animais.”
Para o veterinário, “os animais de companhia não representam risco”, embora quem esteja infetado, aconselha, deva manter com os animais a mesma regra que se aplica às pessoas: distanciamento social. “Por exemplo, evite as lambidelas de cães e gatos e o contacto demasiadamente próximos. E nos cães os passeios devem ser curtos, sem aglomerados e quando voltarem para casa devem lavar as patas. As pessoas devem estar tranquilas.”
Esta sexta-feira as autoridades de saúde da Bélgica confirmaram, em conferência de imprensa, o caso de um gato contaminado, explicando que “o animal vivia com a dona, que começou a mostrar sintomas uma semana antes do gato”. “Os investigadores encontraram o vírus nas fezes do animal”, explicou o professor Steven Van Gucht, citado pelo “Brussels Times”.
Não foi revelado qual o atual estado de saúde do gato.
Consulte AQUI as recomendações da Ordem dos Veterinários para quem tem animais de estimação em casa.
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