Falar de mobilidade elétrica é muito mais do que falar de carros elétricos. É falar de bicicletas, motas, tuc tuc, autocarros ou mesmo dos barcos que atravessam o rio Tejo. Sejam eles elétricos ou não. E é também falar de mobilidade no geral, do futuro das cidades, e do combate às alterações climáticas. O tema é tão vasto e tão presente que o futuro tem tanto de oportunidades como de desafios.
Por exemplo, melhorar as baterias elétricas é um desafio constante, apesar de nos últimos 11 anos se ter passado de autonomias de pouco mais de 100 quilómetros para 400 ou mais quilómetros. Baixar os preços dos carros ou aumentar os incentivos à compra é outro dos desafios, porque ainda só há cerca de 80 mil carros elétricos a circular em Portugal. O objetivo do Roteiro para a Descarbonização é que, em 2050, todos os carros sejam elétricos, ligeiros e de serviço.
Expandir a rede carregamento - que hoje já conta mais de 2000 postos em todo o país, entre públicos e privados - é outro dos grandes desafios futuros da mobilidade elétrica e envolve o Governo, as empresas que vendem a eletricidade, a empresa que faz a distribuição de eletricidade (E-Redes), a que gere as redes elétricas nacionais (REN) e ainda o regulador.
É ainda um desafio para o Governo e para as autarquias que têm de preparar as cidades para um novo paradigma de mobilidade que requer uma melhoria dos transportes públicos, também eles elétricos. Por exemplo, o secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro, disse, a semana passada num encontro promovido pela Comissão Europeia, que estão a ser 10 construídos navios elétricos para fazer a travessia do Tejo.
Ora, tudo isto pode ser visto como uma oportunidade, até porque é a única forma de combater os efeitos negativos que o CO2 emitido pelos transportes movidos a combustíveis fósseis tem no clima e, consequentemente, na agricultura, nos alimentos e na sociedade.
Contudo, os desafios e as oportunidades da mobilidade elétrica não ficam por aqui. Há muitos outros e que serão discutidos no primeiro encontro do projeto Carta Elétrica, uma iniciativa do Expresso em parceria com a EDP, que arranca a 8 de setembro e que se prolongará até dezembro deste ano em múltiplas plataformas (conferências, texto impresso e online, vídeo e podcast). Acompanhe.
O que é?
É um projeto do Expresso em parceria com a EDP, que pretende ensinar tudo sobre mobilidade elétrica, quebrar mitos e mostrar a importância da eletrificação dos transportes na luta contra as alterações climáticas. Depois de amanhã realiza-se o primeiro de três debates
Quando, onde e a que horas?
Dia 8 de setembro, quarta-feira, às 15h00 no edifício da Impresa, em Paço de Arcos. Também será transmitido no Facebook do Expresso.
Quem vai estar presente?
- CEO da Impresa, Francisco Pedro Balsemão
- CEO da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade;
- CEO da EDP Comercial, Vera Pinto Pereira;
- Secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro;
- Responsável pela área de Smart Cities na Deloitte, Miguel Eiras Antunes;
- Presidente da Associação dos Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE), Henrique Sanchez
Porque é que este projeto é central?
As metas europeias para reduzir os impactos das alterações climáticas são ambiciosas e um dos passos a dar é a substituição dos carros a combustíveis fósseis por carros 100% elétricos. Contudo, apesar das vendas deste tipo de carros estarem a crescer, ainda estão muito longe do pretendido e, por isso, é preciso continuar a investir em tecnologia, mas também na educação, uma vez que ainda há muito desconhecimento por parte do público acerca deste tema.
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