Monsanto, Penha Garcia e Idanha-a-Velha convidam a uma viagem no tempo para contemplar fósseis e geomonumentos com milhões de anos. O Geopark Naturejo e o Parque Natural do Tejo Internacional são destaques deste roteiro. Passeio Verde conta com o apoio da Kia - Carro Oficial Boa Cama Boa Mesa
Repleto de lendas e mistérios, o território de Idanha-a-Nova guarda tesouros naturais que atravessaram os tempos. O Geopark Naturtejo da UNESCO, que abrange os concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão, convida a descobrir um vasto património geomorfológico, geológico, paleontológico e geomineiro com milhões de anos.
A estrela maior do Geopark Naturtejo no concelho de Idanha-a-Nova é o Parque Icnológico de Penha Garcia. Por aqui descobrem-se geomonumentos que preservam vestígios do passado marinho deste lugar há 480 milhões de anos, quando região era banhada por um imenso mar. A imponência das cristas quartzíticas contempla-se percorrendo a "PR 3 - Rota dos Fósseis", uma pequena rota que contorna a aldeia e ao longo da qual se encontram vestígios de fósseis que comprovam a biodiversidade marinha.
A "PR3 - Rota dos Fósseis" é uma rota circular com pouco mais de 3 km, que passa pelo castelo, pela barragem e desce até ao rio Pônsul. No decorrer deste percurso, destaca-se a praia fluvial do Pego, uma pequena zona balnear com uma cascata, rodeada por cristas rochosas com fósseis. O Parque Icnológico de Penha Garcia é o “berço” do Geopark Naturtejo, o primeiro português da Rede Mundial de Geoparques da UNESCO.
A região reserva outras surpresas e geomonumentos, como os Montes-ilha de Monsanto. São três inselberg graníticos, que formam como que um “arquipélago” de três elevações rochosas de granito, que se destacam numa zona circundante aplanada de xisto. Estes relevos esculpidos pela natureza ao longo dos tempos contam uma história com mais de 250 milhões de anos. Outra opção no concelho são as Minas de Segura, para conhecer onde outrora se desenvolvia a atividade mineira de extração de volfrâmio, estanho, ouro, zinco e chumbo.
A melhor forma de explorar este território é reservando visita guiada com a Beir’Aja (Tel. 917373979). A empresa acolhe e guia pequenos grupos, até 10 pessoas, por experiências que podem durar entre duas horas e dois dias, dependendo do itinerário escolhido. As visitas guiadas podem ser realizadas a pé ou em veículo todo-o-terreno, com propostas que incluem as Aldeias Históricas de Monsanto e Idanha-a-Velha, numa vertente mais cultural, enquanto em Penha Garcia se debruçam mais sobre a temática dos fósseis.
A Monsanto Tours (Tel. 960281813) é outra das empresas da região que organiza passeios por estes geomonumentos, como um passeio pedonal até ao topo do castelo de Monsanto ou passeios de jipe pelas aldeias históricas, que inclui paragem em Penha Garcia para apreciar os fósseis em percurso pedestre.
À boleia da "PR3 – Rota dos Fósseis" é possível explorar uma Grande Rota que liga Idanha-a-Velha, Monfortinho e Monsanto, a "GR12-E7 - Rota da Idanha". Trata-se do troço português de uma rota pedestre transeuropeia que atravessa a Aldeia Histórica de Idanha-a-Velha e a paisagem de Penha Garcia. O percurso começa em Idanha-a-Nova e termina junto à ponte internacional de Monfortinho, combinando beleza natural com património histórico. Outra opção é a “GR 22 – Rota das Aldeias Históricas”, um trilho para percorrer a pé ou de bicicleta, com cerca de 600 km, que liga as 12 aldeias da rede de Aldeias Históricas de Portugal, da qual fazem parte Monsanto e Idanha-a-Velha.
Para os apreciadores de Grandes Rotas sugere-se ainda estender o passeio até ao Parque Natural do Tejo Internacional, na transição entre a Beira Baixa e o Alentejo. Abrange uma área onde o rio Tejo constitui a fronteira entre Portugal e Espanha, englobando partes dos concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão. O parque tem um património natural rico e em estado puro, onde uma grande biodiversidade de fauna e flora coexistem em harmonia.
Uma boa sugestão para explorar o parque é através da “GR29 – Rota dos Veados”, uma grande rota com quase 38 km que pode ser realizada em dois ou três dias. Faz-se paragem no observatório de aves nos Alares, para conhecer as espécies que por aqui nidificam. Em alternativa ruma-se a Salvaterra do Extremo, para realizar a “PR1-Rota dos Abutres”, um trilho conhecido pela possibilidade de avistar colónias de grifos.
Passeio Verde conta com o apoio da Kia Portugal - Carro Oficial Boa Cama Boa Mesa que semanalmente, ao longo do ano de 2025, vai dar a conhecer espaços naturais, experiências e atividades na natureza. "Este projeto é apoiado por patrocinadores, sendo todo o conteúdo criado, editado e produzido pelo Boa Cama Boa Mesa/Expresso (ver código de conduta), sem interferência externa.”
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