Vizela vs Vitória de Guimarães: Vitela assada no forno ou Rojões à minhota?
No regresso da Liga Portugal, depois do Mundial no Catar, os relvados nacionais voltam a encher-se de emoção, na luta pela vitória. Na 14.ª jornada, o Vizela recebe o “vizinho” Vitória Sport Clube, de Guimarães. À mesa, propostas de conforto disputam as preferências. Do lado do FC Vizela é a “Vitela assada no forno” da Adega Avelino que defende a equipa da casa. Já o adversário contra-ataca com “Rojões à minhota” do Restaurante Típico Batista. O Prato Forte da Jornada é uma iniciativa Boa Cama Boa Mesa, com o apoio da Betclic.
Cachecóis ao alto, recomeçou a principal competição futebolística nacional, depois de um mundial disputado no inverno. Sexta-feira, dia 30 de dezembro, é às 19h00 que sobem ao relvado, para a 14.ª jornada, o FC Vizela, na posição 13 da classificação, e o Vitória Sport Clube Guimarães, que ocupa o sexto lugar. Como treinador gastronómico, a equipa da casa é liderada por Agostinho Ribeiro, da Adega Avelino, que vai a jogo com a “Vitela assada no Forno”. Do outro lado, a comandar os tachos, Maria José, do Restaurante Típico Batista, alinha a estratégia com “Rojões à minhota”.
Futebol Clube de Vizela – “Vitela assada no forno”
Vitela assada no Forno
Numa visita guiada ao restaurante Adega AAvelino, é com orgulho que Agostinho Ribeiro mostra os troféus expostos por todo o espaço. Vários são do clube do coração, o Futebol Clube de Vizela, do qual faz parte da direção, outros são troféus familiares, muitos do pai, Avelino Ribeiro, fundador da casa. “Sabe, às vezes chamam-me Avelino, mas eu não me importo”, diz Agostinho, desabafando que “é um orgulho ser confundido com o meu pai”. Igualmente ferrenho do Vizela, tem a memória perpetuada pelas paredes, bem como a mãe, obreira do espaço e força motriz do estabelecimento. Orgulho imenso tem também Avelino Ribeiro em ser embaixador, quer do clube, quer da gastronomia local, que diz ser “da melhor de Portugal”. O restaurante Adega Avelino (Rua Dr. Pereira Caldas, 34, Caldas de Vizela. Tel. 253584324) encerra à segunda-feira.
Agostinho Ribeiro vai a jogo com a Vitela Assada no Forno
Rosa Pereira é a líder da cozinha, Agostinho Ribeiro quem distribui o jogo, ou seja, comanda a sala e toma conta dos pedidos. Para se chegar ao resultado final, a “Vitela assada no forno” (€20) da Adega do Avelino “estagia” numa marinada durante meio-dia, com alho, vinho, sal e louro. Depois, explica Rosa Pereira, “na assadeira é feita uma cama de cebola e alho, com piripiri e azeite”, e vai a assar lentamente, sendo regularmente virada e regada com o caldo. Quando a carne está quase no ponto, entram as batatas para ganharem o tostado do forno e o sabor apurado do molho, servida na companhia de uns grelos. É ainda decorada com fatias de pimentos e acompanhada por uma taça de arroz branco.
Vitória Sport Clube - “Rojões à minhota”
Rojões à minhota
Da sala do Restaurante Típico Batista ouve-se o treino dos jogadores do Vitória Sport Clube, uma vez que a Academia do clube de Guimarães dista escassos 850 metros. Não é de espantar que, quando o treino acaba, muitos dos elementos do plantel procurem este local para recuperarem à mesa do exigente plano de treinos. Aqui, sentem-se em casa, uma vez que a decoração do Restaurante Típico Batista, além de utensílios da lavoura, está decorado com a camisola e cachecóis do clube de Guimarães. Maria José é quem os recebe à porta e os leva à mesa, mas, se for preciso, corre para a cozinha para meter a mão nos tachos e confecionar as especialidades regionais. Nesta localização há 35 anos, o restaurante já leva mais de 50 de portas abertas, assumindo-se como guardião do receituário regional. O Restaurante Típico Batista (Rua A, 280, Guimarães. Tel. 253432216) encerra apenas ao domingo, ao jantar.
Maria José contra-ataca com Rojões à minhota
Para esta disputa gastronómica, a preparação começa sempre com, pelo menos, um dia de antecedência. Os rojões são temperados por mão certeira com as doses exatas de alecrim, alho, colorau, pimenta, azeite e vinho, aos quais ainda se adiciona louro e alecrim. Devidamente cobertos com um pano, ficam num grande alguidar a marinar até à abertura da cozinha no dia seguinte quando, com banha de porco, colocam-se numa sertã e, explica Maria José, “metem-se a rugir”, que é como quem diz, a estufar, durante uma hora, a uma hora e meia. Em simultâneo, preparam-se as castanhas, e só no fim, cozem-se os grelos, que acompanha os “Rojões à Minhota” (€18). Nesta altura, para os verdadeiros apreciadores, podem ser servidos com as tradicionais “Papas de sarrabulho” (€25), um prato ou acompanhamento típico da região minhota, feito com sangue de porco, carne de galinha, carne de porco, salpicão, presunto, chouriço, cominhos, limão e pão ou farinha de milho, entre outros ingredientes.
O Prato Forte da Jornada é uma iniciativa Boa Cama Boa Mesa, com o apoio da Betclic, que ao longo de toda a temporada vai colocar em confronto as receitas tradicionais das regiões dos clubes que disputam a Primeira Liga de Futebol. Para a semana, saiba que pratos fortes representam o Boavista e o Gil Vicente.
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