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Neste novo restaurante no Douro há petiscos para comer à navalha e pratos de sustento

Neste novo restaurante no Douro há petiscos para comer à navalha e pratos de sustento

Inserido no premiado hotel Six Senses Douro Valley, em Lamego, o novo Cozinha do Douro tem uma ementa recheada de receitas tradicionais da região, elaboradas com produtos locais. “Educar, inspirar e proteger o que é nosso” é objetivo do restaurante

Identidade, tradição e total respeito pelo receituário histórico e pelos produtos locais são premissas de base ao novo restaurante do Six Senses Douro Valley, em Samodãoes, no município de Lamego. A ideia da ementa desenhada pelo chef José Gomes aposta na “proximidade e sustentabilidade”, patentes em toda a oferta do hotel premiado com Chave de Platina no Guia Boa Cama Boa Mesa 2025.

No Cozinha do Douro, a oferta parte de receitas tradicionais da região, preparadas com produtos produzidos localmente, alguns oriundos da horta do próprio alojamento. Reforça a nota à imprensa que dá conta da novidade que “os ingredientes que vão à mesa do Cozinha do Douro são na sua quase totalidade provenientes de produtores locais – com os quais existe uma relação de conhecimento mútuo e absoluta confiança – o que se traduz em duas grandes mais-valias: apoio à produção local e garantia de máxima qualidade graças à proximidade”. A natureza é que manda na carta, sujeita às estações próprias de cada produto.

Horta do Six Senses Douro Valley

No comunicado sublinha-se o facto de se tratar de “uma cozinha com consciência coletiva e respeito pela tradição” que serve “comida de conforto que tanto transporta quem a conhece para a casa da avó como é uma descoberta única de sabores para quem chega de outros países ou regiões em busca de autenticidade”.

Outro elemento fundamental, destaca-se, é “o contributo para a sobrevivência de determinadas formas tradicionais de cozinhar e até de alguns ingredientes já pouco usados pelas gerações mais novas, como é o caso dos cuscos de Vinhais”.

À navalha, com aconchego e sustento

Cozinha do Douro

Transportar os comensais para a aldeia e para o “espírito" do Douro é ensejo desta nova mesa, onde chegam, “prá mesa”, “Pão de azeitona e broa de milho, tremoço e azeitonas em azeite e citrinos do nosso pomar” (€6) e “Selecção de pickles caseiros e legumes curados” (€8).

Para comer “à navalha”, como se de uma merenda na vinha se tratasse, há “Queijos do Norte de Portugal com favo de mel” (€9), “Enchidos de Porco Bísaro” (€22), “Cogumelos selvagens salteados com castanhas” (€14), “Abóbora manteiga assada, requeijão da serra” (€14), “Escabeche de lúcio do rio, broa de milho torrada” (€17), “Polvo do Atlântico com cebola, pimentos e vinagre de vinho tinto” (€20), “Cachaço de bacalhau marinado, ovo e azeite virgem extra” (€21), “Estufado de moelas de frango do campo picante” (€14) ou “Pica-pau de porco bísaro em vinha d’alhos de vinho tinto” (€22).

Cozinha do Douro

Como destaque no capítulo dos pratos de “Aconchego” está a “Canja de galinha Lusitana, hortelã da horta, ovo do campo” (€14), enquanto nos de “Sustento” brilham o “Lombo de bacalhau confitado com migas de broa de milho, grão de bico, couve” (€32), o “Arroz de polvo cozinhado em vinhão” (€32), as “Bochechas de porco guisadas, servidas com esmagada de batata” (€32), o “Ensopado de borrego transmontano, batatinhas, pão torrado” (€34), os “Cuscos de Vinhais com butelo, costelinhas de porco” (€36), a “Vitela na frigideira com molho à Mirandesa” (€38) e o vegetariano “Feijoada com feijoca local, cogumelos selvagens” (€22).

No final, “Para adoçar”, há “Mousse de chocolate caseira” (€9), “Toucinho-do-céu, amêndoas e ovos” (€9), “Pão-de-ló cremoso” (€9) e “Uma pêra muito bêbada Vinho do Porto, chocolate” (€9).

Cozinha do Douro
Maria In�s Ferreira

Sobre a Cozinha do Douro e a filosofia transversal à gastronomia do hotel, José Gomes, chef do Six Senses Douro Valley, esclarece: “A minha cozinha nasce do diálogo com a terra, com o produtor e com o hóspede. Todos os dias reinventamos a tradição com o que a natureza nos dá – sem artíficios, apenas verdade. A Cozinha do Douro também é educar, inspirar e proteger o que é nosso”.

Já para o diretor-geral do Six Senses Douro Valley, traduz-se na ideia de que “o verdadeiro luxo é viver em harmonia com o planeta e com a comunidade que nos acolhe. O restaurante Cozinha do Douro é a concretização desse princípio – onde cada ingrediente é uma escolha consciente e cada prato conta uma história de sustentabilidade e respeito”, assinala Oriol Juvé de Yebra.

Six Senses Douro Valley
Tania Araujo

Chave de Platina no Guia Boa Cama Boa Mesa 2025, sobre o Six Senses Douro Valley (Quinta de Vale Abraão, Samodães. Tel. 254660600) pode ler-se:

Plantados como oferenda, a floresta e os jardins a lembrar Sintra romântica são hoje um tributo à sustentabilidade. No Earth Lab, ervas, plantas e desperdícios renascem para diversas utilizações, também pela mão dos hóspedes. Parte dos lucros da unidade reverte para causas locais. As experiências multiplicam-se à medida dos desejos. Participe numa cerimónia de fogo, prove vinhos e azeites, desfrute do completo Spa, mime corpo e alma em programas à medida. A serenidade domina nos 71 alojamentos (a partir de €850), das exclusivas Pool Villas, com piscina privativa, às suítes com jacuzzi no terraço, onde se respira conforto e bem-estar. Alimentada pela horta própria, a cozinha desdobra-se em conceitos: do incrível pequeno-almoço às opções saudáveis, passando pelos sabores tradicionais, que pode aprimorar num workshop. A nova estufa acolhe eventos gastronómicos. Passeie de barco vintage e recorde a atmosfera nobre de Vale Abraão em fotografias de família. É fácil perceber por que, ao contrário do habitual à época, o jovem casal aqui se instalou em permanência. O idílio continua a cada temporada.

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