A partir das 8h00 deste sábado, os Passadiços do Paiva, afetados pelo fogo de Arouca “reabrem na sua totalidade”. A Ponte 516 Arouca, que tinha sido encerrada por precaução, também volta a receber visitantes
“Os Passadiços do Paiva reabrem na sua totalidade! O troço Areinho – Aguieiras e o acesso à 516 Arouca, através do pórtico de Areinho, voltam a estar disponíveis”, pode ler-se na página de Facebook do equipamento que foi afetado pelo incêndio que fustigou o concelho de Arouca durante três dias. Informa-se ainda que a Ponte 516 Arouca encerrada por precaução devido ao incêndio também reabre este sábado, às 8h00.
Na rede Instagram, os Passadiços do Paiva especificam que reabertura será parcial, uma vez que apenas “estará acessível o troço Areinho-Vau”, permanecendo encerrado o troço Vau-Espiunca. O incêndio, que deflagrou na segunda-feira em Arouca destruiu parte dos Passadiços do Paiva, numa extensão de centenas de metros, na zona de Espiunca, onde se situa uma das entradas desta infraestrutura que, no final de 2024, foi distinguida, pela sétima vez consecutiva, como “Melhor Atração de Turismo de Aventura do Mundo” nos World Travel Awards, considerados os Óscares do Turismo.
Segundo o horário em vigor para esta época do ano, os Passadiços do Paiva, reabrem este sábado, pelas 8h00, com a última entrada a decorrer pelas 17h00. Nas redes sociais, os responsáveis pelo equipamento aconselham “evitar a entrada nos passadiços nas horas de mais calor - entre as 11h00 e as 16h00 - por uma questão de segurança e conforto”. Pede-se ainda a todos os visitantes: “Caminhe com consciência. Respeite a natureza. E volte a deixar-se surpreender”.
Apesar de ter sido afetada apenas uma pequena extensão, esta foi a quarta vez que o fogo atingiu os Passadiços do Paiva, uma infraestrutura em madeira com 8,7 km ao longo de uma das margens do rio Paiva.
Desde a inauguração em junho de 2015, os Passadiços do Paiva estiveram encerrados três vezes (2015, 2016 e 2024) para obras de recuperação que duraram vários meses, devido aos incêndios florestais.
Em abril de 2025, a infraestrutura reabriu na extensão total, após três meses de obras para recuperação dos estragos causados pelo último incêndio, que custaram mais de 200 mil euros.
A presidente da Câmara de Arouca, Margarida Belém, já disse à Lusa que a autarquia vai estudar uma "medida inovadora que permita com mais facilidade aceder a determinados pontos" e ter algum mecanismo que permita "conter estes focos junto aos passadiços".
Durante a sua primeira década de atividade, os Passadiços do Paiva receberam cerca de 1,8 milhões de visitantes de vários países e faturaram cerca de 1,9 milhões de euros, mediante bilhetes a preços que vão até €2, consoante a idade e o concelho de residência do visitante. No entanto, estima-se que o retorno financeiro para o concelho seja muito maior se forem tidas em conta as receitas do alojamento local, da restauração e da animação turística.
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