Novos espaços, restaurantes tradicionais, pastéis de nata, passeios, receitas e praias fluviais alimentam a lista de artigos que interessaram os leitores do Boa Cama Boa Mesa em 2024. Saiba quais foram os 10 artigos mais lidos durante o ano que agora termina
Há temas para todos os gostos, desde uma cervejaria em Lisboa, com o maior balcão do país, passando pela cozinha alentejana e pelos grelhados do restaurante Toi Faróis, ou pela receita de “Arroz de polvo” de Noélia Jerónimo. Abrangente, esta lista inclui ainda praias fluviais e roteiros pela Costa Alentejana Recorde os artigos que mais interessaram aos leitores ao longo de 2024:
Dia 11 de novembro, Lisboa ganhou uma nova cervejaria. Mas, mais do que uma “simples” cervejaria, a Browers Beato acomoda em 700 metros quadrados do edifício da antiga Central Elétrica da Manutenção Militar de Lisboa, uma microprodução de cerveja artesanal, com variedades únicas para serem servidas no local, um bar com o maior balcão do país (são 30 metros de extensão!) e 15 cervejas de pressão, um restaurante, recheado de petiscos de inspiração regional com assinatura do chef Luís Gaspar, e ainda, um palco (área de eventos), que vai receber, com programação regular, concertos e workshops culturais e cervejeiros.
Entre Beja e Serpa, seguindo pelo IP8, na freguesia da Senhora das Neves, esteja atento à placa, que à direita, indica a direção da pequena localidade de Porto Peles. É aqui que encontra o Toi Faróis e não Toy, como indica erradamente o letreiro: “Foi engano”, mas “Toi”, ou melhor, António Joaquim Dias Quinta Queimada Guerreiro, “não quis arranjar trabalhos ao senhor que o mandou fazer”. No restaurante Toi Faróis, com cerca de 50 lugares e uma acolhedora esplanada, grelha com primor as melhores carnes de porco preto.
“Este reconhecimento é fruto da dedicação e paixão que colocamos em cada pastel. Agradecemos de coração a todos os nossos funcionários, clientes e amigos que nos acompanham nesta deliciosa jornada. Obrigado por confiarem em nós para adoçar os vossos dias!” Foi desta forma que a Pastelaria Aloma reagiu à vitória no concurso “O Melhor Pastel de Nata de Lisboa”, recordando ser a quarta vez que conquista a primeira posição nesta competição, que decorreu no segundo e último dia do Congresso de Cozinha, nos Nirvana Studios, em Oeiras.
O presidente do grupo Vila Galé, Jorge Rebelo de Almeida já reagiu ao embargo parcial das obras de construção de um hotel vínico no Paço de Curutêlo, em Ponte de Lima. “A intervenção no castelo estava licenciada e autorizada. Não se justifica o embargo. De jeito nenhum. Não vejo razão nenhuma para nos estarem a complicar a vida”, afirmou o responsável pelo grupo hoteleiro, que garantiu ter contestado o embargo.
Abriu portas no verão de 1989, na Maia, como um “restaurante de comida tradicional”, conta Filipa Almeida, filha de Fernando e Alice, fundadores da casa. À época brilhavam Rojões, Tripas à moda do Porto e Cozido à portuguesa, entre outros emblemas da cozinha popular, sempre feitos a preceito, e O Fernando ganhava notoriedade com o passar dos anos. “Na década de 90 já era muito conhecido”, também graças à introdução de outras especialidades, como o cabrito, ainda hoje protagonista na ementa. “Era um prato que, nessa época, não se fazia aqui na zona, nem perto”, assinala.
Consistência. Eis a palavra-chave deste restaurante que ao longo de quase 40 anos de vida se tornou uma referência intemporal. O São Gião poderia constar no capítulo dos espaços “fora do circuito” embora, não tendo mudado de morada, já tenha sido mais deslocado. “Nesse tempo, a estrada terminava no restaurante”, esclarece Pedro Nunes sobre o final dos anos 80, quando deixou para trás uma vida diferente para abraçar a paixão pela cozinha e assumir, para nunca mais abandonar, os comandos da casa, localizada numa zona com muita indústria e vista sobre o estádio do Moreirense.
“Esta é uma receita que também me liga ao meu irmão. Além das lulas, também era hábito trazer-me polvos. Outra curiosidade desta receita é que me leva até ao início da minha aventura na cozinha e à forma como aprendi a chegar à medida perfeita de arroz: faz-se uma concha com a mão e essa deverá ser a dose ideal para uma pessoa. Depois, a proporção de água deve ser duas vezes e meia a de arroz para garantir um resultado caldoso sem empapar. Os pratos de arroz, são, de resto, responsáveis por boa parte da fama do meu restaurante. Por tudo isto, não podia deixar de homenagear o polvo e o arroz com este clássico da cozinha portuguesa”. “Receitas da minha vida” por Noélia Jerónimo, chef e proprietária do restaurante Noélia e Jerónimo, em Cabanas de Tavira, “Chef do Ano” no Guia Boa Cama Boa Mesa 2021.
É uma das mais pequenas praias fluviais da região, banhada pelas frescas e límpidas águas do Zêzere, mas esta está longe de ser a única particularidade desta zona de lazer localizada… debaixo da ponte! Mais precisamente, abaixo do km 306 da mítica EN 2 e que justifica paragem caso esteja a viajar pela maior estrada nacional portuguesa. Se vier do sul, vai passar ao largo de Picha, aldeia próxima que é ponto de passagem para aceder a este local de veraneio. Um café à beira da estrada anuncia o nome da localidade. Chegado à pequena praia fluvial, prepare-se para água fresca e espaço reduzido – o que pode ser encarado como uma desvantagem mas faz parte dos encantos do local.
A partir de Sines, com a praia que presta homenagem a Vasco da Gama, até aos pequenos areais que rodeiam Porto Covo, sem esquecer a vista para a ilha do Pessegueiro, e paragens em São Torpes, Morgavel, Samouqueira ou Cerro da Águia, este pedaço de costa alentejana tem muito para descobrir. Apoiado na seleção do Guia Boa Cama Boa Mesa, a que se acrescentaram outras opções de alojamento, conheça os melhores hotéis e unidades de turismo em espaço rural nos concelhos de Sines e Santiago do Cacém
O oceano agitado convida à prática de surf e bodyboard. Já em terra, são os relevos das serranias, trilhadas por percursos de natureza em que se contacta com a história das Linhas de Torres, que ganham aventureiros. O concelho de Torres Vedras sobe ao alto da Paisagem Protegida Local das Serras do Socorro e Archeira, entra no emblemático castelo e percorre locais que marcaram a História de Portugal, contacta com a ruralidade, tantas vezes associada à fertilidade dos campos do Oeste, e mergulha nas águas do Atlântico, a partir das várias praias, com Santa Cruz em destaque. A gastronomia desta região é por isso de terra e mar, junção das boas propostas de frutos e hortícolas com os peixes e mariscos, produtos que geram eventos como o Festival da Sapateira. Mantêm-se vivas outras especialidades como o Pastel de feijão, doce de Torres Vedras que é de prova obrigatória, e os vinhos, primordiais na região, gastronómicos e essenciais em toda e qualquer festa.
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