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Com pontes suspensas e paisagens deslumbrantes, os “passadiços mais bonitos do país” já abriram no Geopark Estrela

Passadiços do Mondego
Passadiços do Mondego
Rui Neto / CM Guarda

Os novos Passadiços do Mondego abriram ao público no domingo, dia 6 de novembro. Em pleno Geopark Estrela, lado a lado com o rio Mondego, há 12 novos quilómetros para percorrer uma paisagem soberba pontuada por miradouros, pontes suspensas, cascatas, levadas e moinhos.

Travessias, passadiços e três pontes suspensas com paisagens de cortar a respiração onde abundam veredas, açudes, cascatas, levadas e moinhos. Inseridos num território reconhecido pela UNESCO como Geopark Estrela, no concelho da Guarda, estão prestes a abrir os mais recentes passadiços do país, inaugurados este domingo, 6 de novembro.

Garanto-vos que haverá um antes e um depois dos Passadiços do Mondego", assegura o presidente, Sérgio Costa, no site da autarquia da Guarda, garantindo que a obra será a referência para o turismo e lazer “de todo o nosso território”. Já no passado o autarca se tinha referido ao percurso como os “passadiços mais bonitos do país”. A abertura do novo equipamento, que esteve prevista para o início do verão, foi sucessivamente adiada.

Passadiços do Mondego
Município da Guarda

Motivos não faltam para conferir ao local tamanha beleza. São 12 quilómetros de extensão, sempre ao longo do rio Mondego, com passagem montanhas e vales em localidades como Videmonte, Trinta, Vila Soeiro, sempre com vistas amplas e avassaladoras.

O trajecto, que passa também por dois afluentes do Mondego, o ribeiro do Barrocal e o rio Caldeirão, começa junto à Barragem do Caldeirão com passagem por Geossítios como o Miradouro do Mocho Real, escombreiras e cascalheiras, do Alto Mondego e ainda os vestígios de património industrial de antigas fábricas e engenhos de lanifícios ou de produção de eletricidade, nos Trinta, testemunhos de um passado ligado à indústria têxtil deste território, onde teve origem o afamado cobertor de papa, como explica a autarquia.

São ainda visíveis vestígios mais antigos como uma ponte medieval (entre Pêro Soares e Mizarela) que se acredita ter surgido sobre uma ponte já existente, da época romana, para desfrutar entre a Natureza e as marcas humanas impressas na paisagem.

Sete dos 12 quilómetros percorrem-se em passadiços em madeira, ora planos, ora em escadaria, sendo o restante percurso feito por trilhos e caminhos já existentes, agora recuperados.

Passadiços do Mondego
AB

Os mais aventureiros vão ter ainda a possibilidade de se atreverem numa travessia em slide, novidade a descobrir aquando da abertura. Durante a construção do trajecto foram reabilitadas duas pontes - uma das quais, a muito famosa por estas paragens -, Ponte do Ribas, junto a um novo equipamento de slide duplo. Ao longo do percurso existem também três novas pontes suspensas.

Mesmo à entrada da cidade da Guarda, encontra-se a Cascata do Caldeirão, uma queda de água gigantesca, onde as águas da Ribeira do Caldeirão se despenham num abismo íngreme, revelando um tom rosa.

Passadiços do Mondego

“Esta é uma obra de valorização do património natural da Guarda que pretende mostrar a importância deste rio para a região e para o país, destacando o valor cultural e paisagístico das aldeias de montanha que atravessa”, refere a Câmara Municipal da Guarda. O investimento nos Passadiços do Mondego ascendeu aos 4 milhões de euros, co-financiados a 85 por cento por fundos europeus, no âmbito do Centro 2020, FEDER.

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