Animais gigantes convidam a percorrer Rota Bordaliana nas Caldas da Rainha, Cidade Criativa
Rota Bordaliana
Turismo Centro de Portugal
Cidade Criativa do Artesanato e Artes Populares desde 2019, as Caldas da Rainha estão para sempre associadas ao nome de Rafael Bordallo Pinheiro, que no século XIX fundou a Fábrica das Faianças. A Rota Bordaliana é uma oportunidade para descobrir as 20 peças em tamanho gigante, expostas pelas ruas das Caldas da Rainha.
O famoso Zé Povinho, a Saloia, o Padre Cura, rãs, gatos, sardões, caracóis e folhas de couve são algumas das 20 peças em tamanho gigante que se espalham pelas ruas das Caldas da Rainha, mas também em fachadas de prédios e até penduradas em árvores, num trajeto com a assinatura de Rafael Bordallo Pinheiro, nome intrinsecamente ligado à história e projeção mundial desta Cidade Criativa da UNESCO, dedicada ao Artesanato e Artes Populares.
Rota Bordaliana
Carlos Barroso
A Rota Bordaliana, como se chama o trajeto, foi pensada para ser percorrida a pé e oferece dois percursos: um mais longo, de aproximadamente duas horas, e um mais curto, de uma hora. O primeiro percurso parte do Largo da Estação,local emblemático já que era aqui que Bordallo Pinheiro desembarcava quando viajava de comboio de Lisboa, onde vivia, para as Caldas, e passa por vários pontos turísticos relacionados com o artista e com respetivo trabalho.
Rota Bordaliana
Carlos Barroso
Aqui são visitadas as 20 elementos decorativos, entre peças toponímicas únicas e peças à escala humana, mas também edifícios com painéis e fachadas de azulejo. A “viagem” termina na Fábrica de Faianças e Casa Museu Rafael Bordalo Pinheiro (Rua Rafael Bordalo Pinheiro. 53, Caldas da Rainha. Tel. 262880568). Se optar por fazer o trajeto mais curto, será conduzido unicamente pelos locais onde se encontram as peças cerâmicas de grande escala. Este percurso termina igualmente na Fábrica de Faianças Bordalo Pinheiro, onde poderá adquirir as famosas louças ou simples recordações da visita.
Rota Bordaliana
O nome de Rafael Bordallo Pinheiro, que no século XIX fundou nas Caldas das Rainhas a Fábrica das Faianças, é indissociável da cidade e da projeção que tem ainda hoje no panorama internacional por causa da forma tão pouco convencional e sarcástica que conferiu à louça produzida na fábrica e à forma com aliava outras expressões artísticas à cerâmica. Na época assistia-se a uma produção já revestida de grande êxito, assente em pequenas fábricas familiares. A louça utilitária conquistava o gosto popular pela linha de cariz naturalista com que se apresentava e de que são exemplos as famosas folhas de couve, os peixes e as frutas, o que a tornavam simultaneamente decorativa.
Rota Bordaliana
Carlos Barroso
O nome e trabalho de Bordallo Pinheiro é, por isso, incontornável na distinção das Caldas da Rainha como Cidade Criativa do Artesanato e Artes Populares da Unesco, obtida em 2019. Para Vítor Marques, presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, esta prestigiada distinção é o reconhecimento “da relevante tradição artesanal e da arte popular das Caldas, reflexo de uma cidade que detém uma forte essência artística, desde a sua fundação no século XV, com especial destaque para a cerâmica, uma arte que acompanhou o crescimento e evolução da cidade, ganhando caráter próprio, reinventando-se ao longo de cinco séculos entre tradição e contemporaneidade, atualmente com elevada afirmação no campo do design e cerâmica de autor”.
Rota Bordaliana
Carlos Barroso
Na visita à cidade fique alojado na 19 Tile Boutique House (Tel. 910435284), com 11 quartos decorados por ceramistas das Caldas da Rainha.
Centro de Portugal... um destino e tanto é uma parceria Boa Cama Boa Mesa com o Turismo Centro de Portugal.
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes