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Junto ao mar ou no interior, sete piscinas para mergulhar durante o verão

Praia das Rocas
Praia das Rocas

Dentro de água é que se está bem. À beira-mar, com água salgada, ou em zonas mais interiores, nestas sete piscinas de norte a sul o verão promete ser mais fresco e divertido.

Seja na praia, onde abriu uma piscina com água aquecida, junto ao mar, ou em pleno interior, com ondas divertidas, estas piscinas de norte a sul prometem banhos refrescantes e muita animação para toda a família.

Praia em Gaia
Foto: CM Gaia

Piscina na Praia em Gaia
Abriu ao público recentemente para de imediato se tornar um fenómeno de popularidade. A primeira piscina com água do mar aquecida foi inaugurada a 30 de julho, em Gaia, como forma de contrariar tanto a temperatura habitualmente fresca da água do mar nestas praias a norte do país, como a nortada, vento forte também comum nestas paragens. Em pleno areal de Canide Norte, entre os bares Grão de Areia e Ar de Mar, a extensa piscina conta com 20 por 25 metros de dimensão e uma profundidade máxima de um metro, sendo por isso adequada a crianças. A água do mar, habitualmente bastante fria nestas praias, é aquecida através de painéis solares, que mantém a temperatura entre 28 e 29 graus centígrados. De acesso gratuito e com barracas de apoio, esta piscina na praia está equipada com uma barreira para proteger o espaço do vento, que é com quem diz das nortadas, o vento que muitas vezes se faz sentir em plena época estival, em particular a partir do mês de agosto.

Piscina das Marés

Piscina das Marés
Corria a década de 60 quando o então jovem arquiteto matosinhense Álvaro Siza Vieira projetava a Piscina das Marés, inaugurada em 1966, classificada como Monumento Nacional desde 2011 e reconhecida como uma das mais relevantes obras do agora Pritzker. Décadas depois, o complexo de piscinas de água salgada, instalado no local de um antigo viveiro de lagostas e recentemente recuperado, continua a impressionar quem visita Leça da Palmeira, no concelho de Matosinhos, pela forma orgânica como se funde com as rochas. Além das duas piscinas, onde o nível da água é igual ao do mar – uma para adultos e outra para crianças, perfeitamente enquadradas no cenário –, a Piscina das Marés tem vestiários, café e funciona apenas entre junho e setembro. Para aproveitar o tempo ao ar livre, antes ou depois dos mergulhos, percorra a marginal de Leça da Palmeira até à Casa de Chá da Boa Nova, outra obra emblemática de Siza Vieira, e junte a experiência de natureza à cultural. Se preferir manter-se dentro de água, aventure- -se numa aula de surf na praia de Matosinhos, a poucos quilómetros. Há muitas escolas nas imediações, um areal extenso para o aquecimento e ondas controladas, ideais para principiantes.

Agroal
Photographer:Rui Cunha

Agroal
É num cenário de “santuário natural”, pleno de biodiversidade, que esta piscina natural desfruta das águas frias, termais e com propriedades curativas provenientes da nascente do Agroal, a maior do rio Nabão, afluente do Zêzere. Localizada em Ourém, a piscina fluvial do Agroal é uma área resguardada do curso do rio. Aqui, não se pode saltar nem mergulhar, apenas usufruir da frescura das águas. Para diversão total, basta sair da zona da piscina e entrar no rio. A zona é considerada praia fluvial e tem sido galardoada com Bandeira Azul. Durante a época balnear, dispõe de vigilância permanente. Existem diversas estruturas de apoio, de chuveiros a mesas de piquenique, passando por uma área de solário e um anfiteatro ao ar livre. Junto à piscina existem ainda vários cafés, esplanadas, e uma pequena unidade de alojamento. Faça uma pausa nos mergulhos para um passeio ao longo do novo passadiço que liga o Agroal ao Parque Natureza, durante 780 metros. No Centro de Interpretação Ambiental do Alto Nabão descubra a fauna, a flora e o canhão fluviocársico que fez nascer este tesouro natural. Daqui partem dois percursos pedestres, o maior dos quais, com 8,1 quilómetros, que exploram a natureza envolvente. Em dias de sorte talvez se cruze com uma lontra.

Praia das Rocas
DR

Praia das Rocas
Maior atração veranil de Castanheira de Pera, em plena serra da Lousã, a Praia das Rocas é um ex-libris da vila, que atrai a cada verão milhares de turistas. Muito mais do que uma piscina, ou praia fluvial, é todo um complexo de lazer, com pontos de diversão vários. Funciona apenas durante a época estival, entre os meses de junho e setembro. Alimentada pelas águas da ribeira de Pera, esta praia artificial, a primeira do país a ter ondas, tem mais de dois mil metros quadrados e, colada a si, inclui uma piscina redonda com uma pequena ilhota adornada por palmeiras. Este é um local idílico para ir a banhos, já que além de seguro – conta com vigilância permanente – é destinado a toda a família, assegura vários espaços dedicados exclusivamente aos mais pequenos. Também não faltam equipamentos para dias de grande diversão, como canoas, gaivotas e pranchas de stand up paddle. Sempre dentro de água, cuja temperatura varia, normalmente, entre 22 e 26 graus. Em terra também se pode entreter: há insufláveis, show de aves, slide e até uma ponte secular, que é a atração histórica do local. Para dias passados em família sem precisar de sair, conte ainda com infraestruturas de apoio como restaurante, bar, posto de socorro e bungalows para pernoitar.

Piscina Oceânica das Azenhas do Mar

Piscina Oceânica das Azenhas do Mar
Uma das mais belas – senão mesmo a mais bela – das piscinas oceânicas nacionais, a piscina das Azenhas do Mar recorta-se e encaixa-se nos rochedos da povoação que lhe dá nome, no concelho de Sintra. Como um quadro artístico, a piscina insere-se numa falésia que desce salpicada de casinhas. Caprichosa, como são quase todas as grandes belezas, a piscina alimenta-se ao sabor das marés, ora totalmente cheia, ora com menos água, deixando, nestas ocasiões, a descoberto, um pedaço de areal que chega a ser bastante generoso. Apesar de estarem concessionadas ao afamado restaurante de peixe e mariscos que se encastra na falésia, a piscina é de acesso livre, ainda que o espaço disponível seja, por norma, escasso. Um muro formado pelas rochas que compõem a falésia confere proteção da entrada direta e violenta das águas do mar. O nome de Azenhas do Mar tem origem no facto de antigamente – e ainda nos dias de hoje – a zona estar repleta de azenhas, nome que se dá aos moinhos de água usados para a moagem de cereais e que podem ser apreciados logo ao lado do pequeno parque de estacionamento.

Piscina Oceânica de Oeiras

Piscina Oceânica de Oeiras
Alimentada pela água salgada do Atlântico, a piscina Oceânica de Oeiras é a maior piscina urbana da região de Lisboa. O complexo balnear, integrado na marina de Oeiras, conta com duas piscinas de diferentes dimensões. Para os adultos, há 1500 metros quadrados para ir a banhos, enquanto as crianças podem contar com mais de 300 metros quadrados de saltos para a água. Mesmo à beira da praia da Torre e num plano elevado, o complexo oferece ampla panorâmica, tanto para o mar como para o rio Tejo. Neste espaço, que tem vários acessos destinados a pessoas com mobilidade reduzida, existem infraestuturas para responderem a todas as necessidades, desde restaurante e bar, a zona relvada, chapéus de sol, espreguiçadeiras e equipamentos de saltos e diversão. A piscina destinada aos adultos tem pranchas de saltos com quatro alturas diferentes – entre 70 centímetros e 7,50 metros –, para os mais destemidos. Por uma questão de segurança, a profundidade das águas nesta zona atinge os quatro metros e meio. A piscina oceânica de Oeiras é ideal para nadar, tendo em conta as suas generosas dimensões, que faz com que nunca pareça cheia. O mesmo acontece na “dos pequeninos”, com muito espaço para chapinhar e brincadeiras devidamente vigiadas por nadadores-salvadores.

Zoomarine

Zoomarine
Templo da diversão aquática na Guia, em Albufeira, no Zoomarine encontra piscinas de várias dimensões, para todas as idades e preferências e equipamentos de lazer, todos relacionados com a água, para um dia de puro divertimento. A destacar logo à partida a megapiscina de ondas – a maior com ondas de água salgada no país –, com palmeiras e areia branca e fina. Um pequeno paraíso para miúdos e graúdos. Piscinas mais “convencionais” são três: uma de grandes dimensões para nadar, outra para crianças dotada de parque de diversões e uma zona de jogos de água. No ano passado abriu a “Ilha da Fantasia”, uma piscina com vários escorregas para os mais pequenos, que veio juntar-se à “Ilha do Tesouro”, outro playground aquático. Para momentos de puro relaxe, o “Rio dos Cocos” permite navegar por todo o parque, num percurso de 400 metros, em cima de boias gigantes, numa viagem lenta e relaxante que passa por cenários idílicos, onde não faltam cascatas com oito metros de altura. No local existem todas as infraestruturas de apoio necessárias a um dia bem passado.

Este texto foi adaptado do Guia da Água 25 Piscinas Imperdíveis, com produção Boa Cama Boa Mesa, oferecido com o Expresso na edição de 13 de maio 2022.

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