Apontado como "Chef do futuro" pela Academia Internacional de Gastronomia (AIG), o "comandante" do Grupo Euskalduna destaca o importante “reconhecimento” e uma motivação para tempos mais incertos reagindo à distinção na categoria "Chef de l'Avenir", atribuída a cozinheiros promissores a nível mundial.
"Depois destes meses tão difíceis, esta distinção é muito importante para mim. É um reconhecimento ao esforço feito por mim e pelas equipas do Euskalduna Studio, Semea by Euskalduna, Ogi by Euskalduna, Peixaria by Euskalduna e Euskalduna Private Cooking", assinala Vasco Coelho Santos.
Para o chef portuense de 35 anos, estas distinções são "muito importantes para a gastronomia nacional" e uma motivação para tempos mais incertos como os que aconteceram. "Os últimos meses obrigaram a que conciliasse uma vertente empresarial com a de cozinheiro e foram duros. Sem o apoio das minhas equipas não teria sido possível", remata Vasco Coelho Santos.
A categoria "Chef de l'Avenir" incluiu ainda, em 2022, os Chefs Lucía Freitas (Espanha), Florent Pietravalle (França), Caterina Ceraudo (Itália) e Jan Sobecki (Bélgica).
Em Portugal, para além de Vasco Coelho Santos - à frente do grupo Euskalduna que conta com o seu espaço de cozinha de autor, o Euskalduna Studio, aberto em 2016, o Semea by Euskalduna, a padaria Ogi by Euskalduna, a Peixaria by Euskalduna e o Euskalduna Private Cooking - também Américo dos Santos, pasteleiro do restaurante Belcanto, distinguido na categoria "Prix au Chef Pâtissier".
O “Prix au Chef de L’Avenir”, da Academia Internacional de Gastronomia reconhece a projecção e o talento de jovens chefs promissores a nível internacional. Os prémios têm como objectivo distinguir o trabalho de personalidades e instituições que promovem a gastronomia. Ao todo são 30 os países membros da Academia (que existe desde 1983), entre os quais Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Itália e Suíça.
Alexandre Silva, do LOCO em 2021, Filipe Carvalho, do Fifty Seconds, em 2020, João Oliveira, do Restaurante Vistas em 2019, Rui Silvestre, então como chef do Bon Bon, em 2017, e Francisco Martins (Kiko) em 2016 foram alguns dos mais recentes distinguidos com este galardão.
Sobre o Euskalduna Studio (Rua de Santo Ildefonso, 404, Porto. Tel. 935335301), várias vezes distinguido com Garfo de Ouro pelo Guia Boa Cama Boa Mesa, pode ler-se no texto relativo a 2021:
“Numa época em que os horizontes se encurtaram, aqui se expandiram. Um menu totalmente novo insiste em deixar os produtos respirar, base desta cozinha competente na missão de os elogiar, sejam eles a gamba rosa, o ouriço, a ervilha lágrima, os corações de galinha ou uma aparentemente banal beringela. Convoca-se para a experiência a origem dos produtos e quem os acompanhou até chegarem a este balcão, com vista privilegiada para uma coreografia bem orientada. A descontração é pedra de toque, mas não se deixe enganar pela juventude de Vasco Coelho Santos e sua equipa – apenas lhes aguça a curiosidade e a criatividade –, já que nem a improvisação advém do acaso. O menu surpresa oferece, ao longo de 10 momentos, renovado protagonismo até ao mais comum dos ingredientes, revelando produtos novos ou esquecidos. A harmonização pode fazer-se com vinhos, chás e kombuchas ou cerveja artesanal. “Acredito muito neste conceito. Aqui é o meu sítio”, garante o chef, que, aos 33 anos, assegura ter “muitas ideias e coisas para mostrar”. Não duvidamos”.
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