O Sentido da Vida é o novo filme de Miguel Gonçalves Mendes, realizador de José e Pilar, produzido pela O2 Filme. Tem como protagonista Giovane Brisotto, um jovem brasileiro portador da paramiloidose familiar, uma doença rara e incurável de origem portuguesa, espalhada pelo mundo durante a época dos Descobrimentos.
Na iminência de um transplante, Giovane decide embarcar numa viagem à volta do mundo, traçando a mesma rota daquela que se supõe ter sido a primeira viagem a disseminar a doença há 500 anos.
Na procura de respostas para as suas questões existenciais, Giovane revisitará a história da humanidade, traçando novas perspectivas e relacionando fenômenos.
Paralelamente ao curso da viagem, o espectador é confrontado com o cotidiano de 7 figuras públicas: personagens emblemáticas da contemporaneidade. Um juíz controverso, um líder religioso, um político ambientalista com uma história de vida única e singular, um músico respeitado, um ator influente, um escritor premiado. Pessoas comuns transformadas em ícones e personagens/estrelas que influenciam a vida de multidões.
Figuras reais como o famoso juíz Baltasar Garzón, o best-seller Valter Hugo Mãe, a figurinista vencedora do Oscar Emi Wada e o percursor da cena musical islandesa, Hilmar Örn Hilmarsson. Todos eles arquétipos da humanidade.
Personalidades arquétipas que habitam espaços e locais tão distantes como diferentes entre si, tentando assim obter o retrato de um mundo multifacetado, atual e único nas suas diferentes geografias.
Desde o espaço árido e lunar da Islândia, passando pelo multicolor Brasil até ao cerimonioso e ultra estético Japão, a narrativa apresenta-se sobre duas formas distintas: a viagem de autodescoberta do nosso herói, é pontualmente interrompida com relatos de personalidades conhecidas, figuras públicas e influentes que, nas suas próprias buscas pelo sentido da vida irão expôr as suas dimensões privadas.
Uma nova perspectiva surge quando acompanhamos o cotidiano de Andreas Morgensen, um astronauta da Estação Espacial Internacional, testemunha visual do mundo na sua real insignificância.
O Sentido da Vida pretende, através destes personagens, entender o que nos une como humanidade, num tempo em que o sistema está em colapso e já não acreditamos em nada.
Utilizando uma premissa da narrativa clássica para compor a realidade, Miguel Gonçalves Mendes apresenta um trabalho híbrido. Um filme em trânsito, onde as diferentes histórias convergem e colidem na tentativa de encontrar uma resposta para a eterna pergunta: qual o sentido da nossa existência?
O Sentido da Vida ambiciona servir como cápsula do tempo, registando e cristalizando o mundo esquizofrénico em que vivemos.
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