Sri Lanka: a normalidade assassina
O ataque terrorista que provocou mais de 350 mortos no Sri Lanka coloca um conjunto de interrogações sobre as quais vale a pena determo-nos sem precipitações nem demagogias. É preciso deixar passar a emoção de saber que mais de 350 inocentes (45 crianças), cuja maioria seria cristã, foram vilmente assassinados; é necessário superar a estupefação de saber que há um país onde o Governo não se dá com o Presidente, podendo este ser avisado de um possível atentado sem nada dizer ao Governo; é indispensável, enfim, não nos fixarmos no facto de ter sido o Daesh, ou muçulmanos radicais contra cristãos, numa espécie de vingança dos ataques a muçulmanos em Cristchurch, na Nova Zelândia, em 15 de março último