Chamem-me o que quiserem

Sri Lanka: a normalidade assassina

Sri Lanka: a normalidade assassina

Henrique Monteiro

Ex-Diretor; Colaborador

O ataque terrorista que provocou mais de 350 mortos no Sri Lanka coloca um conjunto de interrogações sobre as quais vale a pena determo-nos sem precipitações nem demagogias. É preciso deixar passar a emoção de saber que mais de 350 inocentes (45 crianças), cuja maioria seria cristã, foram vilmente assassinados; é necessário superar a estupefação de saber que há um país onde o Governo não se dá com o Presidente, podendo este ser avisado de um possível atentado sem nada dizer ao Governo; é indispensável, enfim, não nos fixarmos no facto de ter sido o Daesh, ou muçulmanos radicais contra cristãos, numa espécie de vingança dos ataques a muçulmanos em Cristchurch, na Nova Zelândia, em 15 de março último

É preciso deixarmos justificações, circunstâncias, intrigas políticas ou pretensas guerras religiosas para respondermos sinceramente a esta questão: o que podemos fazer quando há homens que são capazes destas monstruosidades? De que forma pode uma sociedade livre e aberta precaver-se para situações destas. Mais: mesmo prevenidas por serviços secretos, de que modo se pode evitar a barbárie de uma matança levada a cabo por seis, sete ou oito suicidas; por jovens que não temem a sua morte para a levarem a um conjunto de pessoas que não sabem quem são o que fazem ou fizeram; cujas simpatias, opiniões, preferências, famílias, dificuldades ou o que seja, lhes são indiferentes?

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