Músico, poeta e provocador. É assim que Rui Reininho, uma das figuras mais carismáticas e inimitáveis da música portuguesa, começa por ser apresentado no filme “A Viagem do Rei”, que se estreou recentemente no festival Doclisboa e volta a ser exibido, este sábado, no Porto/Post/Doc (no Passos Manuel, às 16h), certame do qual saiu galardoado com o prémio de Melhor Filme da secção musical.
Realizado por João Pedro Moreira, “A Viagem do Rei” faz jus à singularidade da personagem que tenta decifrar. Ao invés de uma história linear, ancorada nas conquistas da banda de Rui Reininho, os GNR, o que se desenha aqui é uma obra profundamente pessoal, centrada nas idiossincrasias que o próprio artista vai confessando.
Com 67 primaveras celebradas em fevereiro, Rui Reininho começa por explicar que aceitou participar neste filme por sentir que, daqui a algum tempo, poderá já não ter “paciência” para olhar para si mesmo. A memória humana, reconhece, é falível, e é praticamente impossível recuperar, sem mácula, as sensações que nos atravessaram há décadas, ou mesmo minutos. Por isso, “A Viagem do Rei” é muito mais impressionista do que documental, partindo das pequenas histórias e grandes teorias que Rui Reininho, quase sempre em voz off, vai partilhando.
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