Fevereiro de 2020. A pandemia era uma ameaça aparentemente remota e intangível, e a vida — incluindo aquela que passa pelos palcos — decorria com a normalidade a que nos habituáramos. Nascido na pequena localidade de Eau Claire, no estado norte-americano do Wisconsin, Justin Vernon, cantor-compositor que desde 2007 veste a pele de Bon Iver, preparava-se para regressar a Portugal, para um concerto em Lisboa. “Desde que acabei de fazer o meu último disco [“I, I”, de 2019], tive a sensação de que este ciclo se estava a fechar”, confidenciava ao Expresso há quase três anos. “Pela primeira vez em muito tempo, vou passar o resto do ano sozinho. Talvez seja apenas uma forma de encarar os meus quatro álbuns como quatro estações do ano, mas sinto que chegou a hora de recomeçar.”
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: LIPereira@blitz.impresa.pt