42 anos, casado, duas filhas, escritor, autor do livro "Alentejo Prometido". É licenciado em História e mestre em Ciência Política. Fez investigação académica no IDN e IPRI. Colaborou com o "Público" e "Diário de Notícias". Foi editor da revista "Atlântico". É cronista do Expresso e da Rádio Renascença.
Se os nossos velhos estão a morrer como nunca, debaixo do silêncio de políticos e media, que se comprometeram acriticamente com o #ficaremcasa, as nossas crianças nunca estiveram tão doentes
Na humilhação marialva da mulher, na humilhação autoritária do mais fraco e na impunidade dos poderosos, a Faculdade de Direito de Lisboa conservou até ao século XXI o ar bafiento do Estado Novo
Augusto Santos Silva é presunçoso. Além da presunção de superioridade moral da esquerda, Santos Silva tem a presunção de pensar que é o Maquiavel da pátria, o espertalhão dos jogos políticos. E o seu jogo é este: usar o Chega para chegar a Belém, recriando-se como o grande resistente contra o novo fascismo. Só que o tiro está a sair pela culatra, o Chega é que está a usar Augusto Santos Silva
Se o judaísmo é fechado e não universal, se o judaísmo é uma questão de linhagem familiar, então a ideia de “Estado judaico” é em si mesmo a negação da sociedade aberta assente no direito natural e é, na verdade, a consagração do nacionalismo identitário assente no sangue. Já há aqui uma ironia, e poderá haver uma tragédia: os judeus foram massacrados na Europa precisamente devido a esta obsessão identitária com o sangue, a Gemeinschaft
Costumo dizer isto aos meus amigos de origem privilegiada, eles sabem que é a k7 do Raposo: "a pobreza tem de ser vivida para ser compreendida por completo. Podes ler cem livros sobre a pobreza, mas se não sentes os fedores da miséria, se não ouves o ruído infernal de um bairro pobre onde não existe silêncio e privacidade, se não passas fome ou se passas a vida a comer mal, se não trabalhas num local onde te cansas como um escravo ou animal, se não sabes o que é viver sempre com medo de alguma coisa, então nunca vais perceber a pobreza, nunca. É por isso que na tua empresa ou na tua faculdade devias descer à terra e passar um mês nos trabalhos mais humildes, e devias forçar todos os teus colegas do topo a passar por esse estágio de humildade. Garanto-te que a sociedade ficaria mais justa".
Goucha normalizou quase sozinho o casamento gay aos olhos do povo; não foram os académicos e intelectuais do Bloco de Esquerda e demais grémios de narizinho pedante. Atrevo-me a dizer que Goucha teve aqui um papel histórico na sociedade portuguesa. Os meios populares aprenderam através dele a ver no homossexual um gajo normal como todos os outros, e não um bicho de sete cabeças
O PS está na unidade de cuidados intensivos, está moribundo na maca. E sabem quem é que está a conduzir a transfusão de sangue e demais cuidados médicos? É o Chega, o Doutor Strangelove desta história. Porque de facto há um amor estranho a unir Costa e Ventura, alimentam-se mutuamente e não vivem um sem o outro