9 novembro 2008 2:21
Por mais sérios que sejam os motivos para o toca a reunir, uma manifestação de professores há-se ser sempre uma grande festa.
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Vieram de todo o país. Alguns viajaram muitas horas de autocarro. Todos com o mesmo propósito: contestar o actual modelo de avaliação de desempenho.
A Praça do Comércio foi enchendo ao ritmo a que chegavam a Lisboa os 700 autocarros ao serviço dos sindicatos. De um momento para o outro, o amplo Terreiro do Paço, tornou-se pequeno para receber os milhares de professores que procuravam alcançá-lo através das ruas da baixa.
Depois, foi tempo para subir a Avenida da Liberdade até ao Marquês de Pombal. A mesma avenida em que a 8 de Março muitos destes professores tinham descido, indignados que estavam com a política de Educação do Governo socialista.
Oito meses passados, voltaram a gritar a uma só voz: "Está na hora, está na hora, da ministra se ir embora!"
Quando, pelas 17h30, a cabeça da manifestação, seguida de perto pelos professores da região norte, alcançou o Marquês de Pombal, os organizadores garantiram ao microfones que ainda havia muita gente na Praça do Comércio à espera de poder entrar no desfile. Foi preciso esperar longos minutos para que este rio de professores desaguasse no coração de Lisboa.
Com a noite a cair sobre a cidade, os holofotes iluminam o palanque onde Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores, há-de anunciar as batalhas que se seguem: protestos parciais nas capitais de distrito, ainda durante o mês de Novembro, e uma greve nacional em protesto contra o estatuto da carreira docente, a 19 de Janeiro.