"A essência do meu futebol é a competitividade. Nada compensa mais do que ganhar". Quem o diz é Luis Figo, numa entrevista hoje puiblicada pelo jornal espanhol "El País", onde fala não só sobre as saídas do Barçcelona e do Real Madrid, como também dos portugueses José Mourinho e Cristiano Ronaldo.

"Barcelona, Madrid, Inter... quando não nos sentimos reconhecidos é altura de ir embora. Foi por isso que saí", afirma Luís Figo, numa entrevista muito centrada no seu percurso no futebol espanhol.

Sobre a sua saída do Real, o jogador afirma que em Madrid "não o deixavam jogar", motivo que o levou a transferir-se para o Inter de Milão.

E se a saída foi feita em clima de tensão, a chegada também. Não obstante, Figo deixa claro: "É nos momentos de tensão, quando tenho de mostrar o meu valor, que tenho melhor rendimento. A pressão deixa-me alerta".

Amor e ódio em Barcelona

O jogador português aborda sem problema ter sido "o homem mais odiado de Barcelona", afirmando que "quando disse que queria ficava no Barça queria mesmo ficar". Figo diz ainda que "foi uma honra ter jogado no clube" e que "não renega" os cinco anos que passou na Catalunha.

De poucas falas quando o tema aborda outros portugueses ligados ao futebol, Luís Figo diz que José Mourinho é um treinador "com personalidade e conhecimentos", embora confesse que "esperava jogar mais".

Sobre Cristiano Ronaldo, deixa um conselho: "Ele devia deixar o United e procurar novos caminhos".

Acerca do futuro, Figo conta que "quando deixar o futebol vai viver em Espanha" e que uma visita a Barcelona está desde já garantida. Não só por ter uma filha catalã e ter sido também nesta cidade que conheceu a esposa, a modelo sueca Helen Svedin. "Não guardo rancor", conclui.