São dois bairros com mais de 400 casas vazias há perto de uma década. Depois do abandono, estas autênticas cidades-fantasma da Base das Lajes estão agora a começar a ser remodeladas, e algumas deverão ser habitadas em 2024. Será agora que este pedaço que foi América nos Açores ganha vida?
“Tenho 52 anos e sempre me lembro de termos acesso à NBA. Éramos muito novos e jogávamos basquete na Base [das Lajes] contra equipas americanas. Depois tínhamos sempre casas de amigos ou de familiares que moravam à volta da Base e captavam a televisão americana. Íamos sempre lá ver os jogos com televisões americanas, a cores, com o sinal americano. Víamos televisão a cores muito antes de haver televisão a cores em Portugal”. Marcos Couto foi um dos muitos terceirenses que viveu o tempo áureo da presença dos militares dos norte-americanos na Base das Lajes. Ali chegou primeiro a Coca-Cola, as Levi’s, a televisão a cores e um modo de vida que não era conhecido noutro Portugal.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: malmeida@expresso.impresa.pt