Algo corre mal no reino da Farfetch, um ex-unicórnio volátil, com ordem para emagrecer

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Investir na Farfetch envolve “um alto nível de risco”, admitia o próprio José Neves, fundador da empresa, no documento entregue ao regulador do mercado norte-americano antes de entrar na Bolsa de Nova Iorque, em setembro de 2018, com um preço unitário de 20 dólares (€18,3 ao câmbio atual) e uma dispersão de 44,2 milhões de ações, o que permitiu um encaixe imediato de 900 milhões de dólares. O nome da empresa também não escondia o risco da sua proposta de revolucionar o comércio da moda de luxo com tecnologia à mistura, uma vez que Farfetch significa algo improvável, ousado, difícil de conseguir.
Mas os investidores aderiram em força à ambição do primeiro unicórnio de ADN português. A cotação atingiu os 28,45 dólares no primeiro dia, as parcerias com marcas famosas foram-se multiplicando, os clientes à escala global também e as ações, entre oscilações habituais em Bolsa, subiram até atingir o pico de 73,35 dólares em fevereiro de 2021, aparentemente imunes à pandemia de covid-19
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