“Tivemos 127 noites consecutivas com temperaturas acima de 20 graus na ilha da Madeira. Este ano foi um ano excecional, para o bem e para o mal. Nunca tínhamos tido temperaturas de 40 graus no Arco da Calheta e tivemos durante vários dias. É uma brutalidade. Sim, a banana gosta, e houve um recorde de produção. Mas depois houve os incêndios, e os incêndios queimam floresta, com menos floresta há menos água”.
António Freitas está num dos seus bananais, no Arco da Calheta, freguesia na costa sul da ilha, a 30 quilómetros do Funchal. Corre uma aragem que faz restolhar as folhas verdes e abanar os pesados cachos que, não tarda, estarão bons para apanhar. É um recanto de sol e sombra, fresco, em que os caules das enormes plantas estão todos amparados por estacas, mais do que uma por pé, para resistirem aos fortes ventos que assolam a Madeira.
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