Exclusivo

Expresso 50 anos

MUDAS: O museu que guarda o espólio de Lourdes Castro quer ser matéria-prima da criação artística

Márcia de Sousa, a diretora do MUDAS – Museu de Arte Contemporânea da Madeira
Márcia de Sousa, a diretora do MUDAS – Museu de Arte Contemporânea da Madeira
Duarte Sá

Localizado na Calheta, o Museu de Arte Contemporânea da Madeira procura afirmar-se como espaço de liberdade para a criação e a fruição artística. Este ano deverá chegar aos 50 mil visitantes, muito graças à exposição que celebrou a artista madeirense Lourdes Castro.

MUDAS: O museu que guarda o espólio de Lourdes Castro quer ser matéria-prima da criação artística

Marina Almeida

Jornalista

“O que é a arte abstrata?” ecoa numa sala do museu. Lá dentro, uma turma com alunos e professor sentados no chão, as paredes com quadros a observá-los. Este recanto está temporariamente vedado aos visitantes, mas aberta ao conhecimento que o MUDAS – Museu de Arte Contemporânea da Madeira quer passar à comunidade.

Márcia de Sousa, a diretora, traça o panorama num dia mais desassossegado, entre a desmontagem de uma exposição e a preparação da seguinte: “Desde a nossa vinda para a Calheta temos outros meios, que nos permitem trabalhar mais próximo da comunidade. Estando nós a 30 minutos de distância da capital de distrito, num território ultraperiférico, onde a literacia para o consumo cultural nem sempre é a mais ampla, o nosso trabalho aqui, para além da programação cultural, tem uma forte componente pedagógica”.

Senta-se numa das cadeiras do edifício desenhado pelo arquiteto Paulo David, que parece suspenso sobre o mar. O MUDAS está aqui instalado desde 2004. Antes esteve na Fortaleza de São Tiago, no Funchal, e mudou-se para a Calheta ocupando o edifício destinado a um centro de artes. Já leva 30 anos de vida e a chegada à Calheta implicou novos desafios. “Trabalhamos com muitos artistas em contexto regional e nacional, procurando dar espaço à dinâmica cultural e trazer novidade, quebrando a ideia de que vimos um museu uma vez não precisamos de lá voltar. Queremos ser um ponto de paragem obrigatório na Calheta”, aponta.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: malmeida@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate