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O som que fugiu de Cabul para Guimarães

O som que fugiu de Cabul para Guimarães
RUI DUARTE SILVA

Do silêncio que passou a imperar no Afeganistão com a subida dos talibã ao poder, faz-se agora música no Conservatório de Guimarães, onde alunos do Instituto Nacional de Música do Afeganistão continuam a estudar música. Longe da família, os jovens refugiados afegãos foram acolhidos na cidade-berço pela Casa da Caldeirôa, um projeto novo da Associação de Apoio à Criança

O som que fugiu de Cabul para Guimarães

Salomé Fernandes

Jornalista da secção internacional

“Tive de sair por causa do meu futuro no Afeganistão. Quando os talibã vieram não estudava, porque a minha escola é de música e os talibã não gostam, então a escola foi fechada”. Este é o relato de Ali (nome fictício), ao Expresso, um jovem que começou a estudar música aos 11 anos, em Cabul. Agora, é no Conservatório de Guimarães que dá atualmente continuidade a esse percurso.

Ali é um de dez jovens afegãos que foram recebidos na nova valência da Associação de Apoio à Criança, que abriu em 2022 em Guimarães. Chama-se ‘Casa da Caldeirôa’ e dá abrigo a crianças e jovens não acompanhados que precisam de ajuda internacional.

Antes da tomada de poder pelos talibã, todos eles estudavam no Instituto Nacional de Música do Afeganistão (ANIM, no seu acrónimo inglês). Para proteção da identidade dos jovens que falaram ao Expresso – que têm entre 16 e 18 anos – os nomes usados neste artigo são fictícios. Foi durante a pausa de uma aula no Conservatório que falaram sobre o seu percurso.

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