Um total de 51 milhões de euros foi quanto receberam da ‘bazuca’ europeia as empresas, famílias, autarquias e demais entidades públicas e privadas beneficiárias do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) do distrito de Leiria até ao início desta semana. Segundo o Portal Mais Transparência, os apoios aprovados a este distrito somam agora 324 milhões de euros.
Pelas contas do Expresso, metade dos municípios deste distrito já viram aprovados pelo PRR acima de 10 milhões de euros: Leiria (120 milhões de euros), Marinha Grande (57), Caldas da Rainha (32), Alcobaça (24), Pombal (20), Peniche (18), Batalha (15) e Porto de Mós (13). Dois terços das verbas aprovadas destinam-se a Leiria, Marinha Grande e Caldas da Rainha.
Metade dos primeiros 51 milhões pagos ao distrito tiveram como destino o concelho de Leiria. No total, nove concelhos já receberam, pelo menos, um milhão da ‘bazuca’ europeia: Leiria (24,8 milhões de euros), Caldas da Rainha (5,5), Marinha Grande (5,5), Alcobaça (3,3), Porto de Mós (2,5), Peniche (2,2), Pombal (2,1), Batalha (1,8) e Nazaré (1,3).
Os números estão em constante atualização no Portal Mais Transparência. O contador sobe à medida que os projetos são aprovados, os adiantamentos processados e os investimentos concretizados no terreno.
Maiores projetos por concelho
No concelho de Leiria, o ranking dos maiores projetos é liderado pela MD Group S.A. e a sua operação de investimento ao abrigo do Programa de Recapitalização Estratégica do Banco Português de Fomento. O Politécnico de Leiria responde pelos seguintes grandes investimentos no concelho, seja participando em consórcios empresariais para desenvolver novos produtos ao abrigo das Agendas de Inovação Empresarial do PRR, seja investindo em novas competências e na construção e renovação de alojamentos para estudantes.
Na Marinha Grande, nas Caldas da Rainha, Pombal, Batalha, Porto de Mós, Nazaré ou Óbidos, o destaque vai para o sector privado que integra diferentes consórcios espalhados pelo país entre empresas e academia para desenvolver produtos inovadores no âmbito das Agendas de Inovação Empresarial.
São consórcios para desenvolver a embalagem do futuro, inovar na fabricação aditiva, apostar na cerâmica, na cristalaria, na pedra natural, na aeronáutica, na bioeconomia azul ou na neutralidade carbónica dos edifícios. Também estão em curso relevantes investimentos na descarbonização da indústria, no hidrogénio e gases renováveis e na digitalização.
Já em Alcobaça, a lista é liderada pelo investimento municipal no Mosteiro de Alcobaça. Segue-se o projeto de renovação/requalificação do Polo de Inovação do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária. Em Peniche, os maiores projetos são o polo do Hub Azul e o projeto da Associação para um Laboratório Colaborativo do Atlântico.
No Bombarral, o maior investimento é na qualificação profissional, através do Centro Tecnológico Especializado (CTE) do Agrupamento de Escolas de Fernão do Pó. Em Pedrógão Grande, o CTE será em energias renováveis
Em Ansião, lidera o investimento municipal no centro de saúde. Em Figueiró dos Vinhos, a transformação da paisagem dos territórios de floresta vulneráveis. Em Castanheira de Pêra, habitação colaborativa. Em Alvaiázere, equipamento cultural.