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O dia em que uma águia-calçada voltou a voar com implantes de penas novas

O dia em que uma águia-calçada voltou a voar com implantes de penas novas
NUNO BOTELHO

Na Universidade de Trás os Montes (UTAD), os veterinários do Centro de Recuperação de Animais Selvagens têm como missão cuidar de águias, lobos, texugos, abutres e de toda a bicharada que precise de socorro: a ternura como profissão.

Marina Almeida e Nuno Botelho

É uma emoção, um ato solene, devolver um animal à natureza. Esta comitiva inclui médicos veterinários e alunas do quarto ano do curso de medicina veterinária da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). A águia está envolta num pano, apenas com as grandes patas de fora. Seguram-na com cuidado e está assim para ficar mais tranquila enquanto os responsáveis do Centro de Recuperação de Animais Selvagens (CRAS) avaliam o melhor local para a libertar, dentro do campus universitário. Decidem-se por uma encosta aberta com a serra do Alvão no horizonte. É então que a destapam, mostrando a cabeça e um olhar assustado que se vai amenizando. Há uma agitação nos momentos que precedem o primeiro voo da rapina com um casaco de penas novo, implantado por aquela equipa que agora se prepara para a soltar. Cabe a uma das alunas, Maria, devolver a águia-calçada aos céus. Quando as mãos se soltam, a ave não hesita. E voa, voa.

Todos a observam no ar. “Apanhou a corrente quente, já não bate as asas”, diz um dos veterinários de nariz no ar. A águia voa em círculos cada vez mais largos. A dado momento sacode-se. “Está a experimentar as penas novas!”, diz com entusiasmo Filipe Silva, diretor do Hospital Veterinário da UTAD, a quem tratam por Professor.

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