“Um desejo tão espúrio, escrever.” Assim começa um dos poemas de “Canina”, o último livro de Andreia C. Faria. Às tantas lemos que “nada do que importa está escrito” e que “é tão estranho viver, tão roubado às flores, ao sono, ao vinho”. Viver é estranho e o que importa não está escrito. E, no entanto, ela escreve desde que começou a ler e a palavra ganhou o peso do que existe. Em 2018, o volume “Tão Bela Como Qualquer Rapaz” (Língua Morta) ganhou o Prémio Autores da SPA e, um ano depois, “Alegria para o Fim do Mundo” — compilação dos seus livros mais alguns inéditos lançada pela Porto Editora — venceu o Prémio Literário Fundação Inês de Castro. Na altura ouviu repetidamente uma frase: “Esperamos muito de si.” Porque uma poeta com menos de 40 anos está a começar, é incipiente, ainda que se sinta já “uma rapariga a envelhecer”.
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