Newsletter Expresso Diário

Interferência russa terá comprometido o GPS do avião de Ursula: Bulgária investiga incidente, que obrigou piloto a usar mapas em papel

Interferência russa terá comprometido o GPS do avião de Ursula: Bulgária investiga incidente, que obrigou piloto a usar mapas em papel

João Miguel Salvador

Coordenador digital

Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen
Thierry Monasse

Olá,
E obrigado por se informar connosco.

O voo que transportava a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para a Bulgária foi ontem alvo de uma grave interferência no sistema de GPS. As notícias sobre o incidente, confirmado por fontes comunitárias e pelas autoridades búlgaras, foram conhecidas hoje e são mais um teste à resiliência dos sistemas.

Tudo ocorreu quando a aeronave se preparava para aterrar em Plovdiv, a segunda maior cidade do país. Apesar da falha, o avião conseguiu aterrar em segurança.

De acordo com a Agência de Controlo do Tráfego Aéreo da Bulgária (BULATSA), o piloto foi forçado a sobrevoar a zona durante cerca de uma hora, acabando por executar a manobra manualmente, com recurso a mapas em papel. Todo o sistema de GPS do aeroporto deixou de funcionar, numa interrupção classificada como "inegável".

Suspeitas recaem sobre Moscovo

O governo búlgaro abriu uma investigação ao sucedido. Embora o comunicado oficial não aponte culpados, os serviços de informação nacionais (DANS) e fontes da BULATSA admitem estar a analisar a hipótese de sabotagem deliberada, com suspeitas dirigidas aos serviços secretos russos. Desde fevereiro de 2022, altura em que a Rússia invadiu a Ucrânia, que tem sido registado um aumento expressivo de casos de adulteração de GPS. É no Mar Negro que se concentram a maior parte, atribuídos a operações russas contra navios da NATO.

Já esta segunda-feira, na China, Putin voltou a acusar Ocidente de ter provocado guerra. “É o resultado de um golpe de Estado na Ucrânia”, disse, rejeitando responsabilidades de Moscovo.

Em Bruxelas, a Comissão Europeia não hesitou em classificar o episódio como parte da "habitual intimidação de Moscovo". "Esta ação só reforça o compromisso inabalável de aumentar as capacidades de defesa e o apoio à Ucrânia", afirmou uma fonte oficial. Ursula von der Leyen terá sentido "na primeira pessoa a ameaça diária que a Rússia e os seus 'proxies' representam".

Resposta estratégica de Bruxelas

A presidente da Comissão Europeia anunciou, entretanto, que o executivo comunitário apresentará no próximo Conselho Europeu informal, a 1 de outubro, em Copenhaga, um plano detalhado para reforçar a defesa e segurança da União. O documento definirá falhas identificadas, capacidades a desenvolver e metas mensuráveis para a política de defesa europeia.


Este Expresso Diário fica por aqui. Tenha uma ótima segunda-feira e acompanhe os nossos Exclusivos. Planeie os dias e horas de descanso, com as sugestões Boa Cama Boa Mesa. E divirta-se também com os nossos jogos (palavras cruzadas, sudoku e sopas de letras). Quanto a nós, já sabe que estaremos sempre por cá: no Expresso e na SIC, na Tribuna e na Blitz.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: jmsalvador@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate