Um em cada cinco estudantes tem algum tipo de doença mental, revela estudo português
SAIBA MAIS
SAÚDE
Um estudo coordenado pela Universidade de Évora (UÉ) concluiu que um quinto dos estudantes do ensino superior sofre de algum tipo de doença mental e que, destes, quase metade foram diagnosticados após o início da pandemia de covid-19
O estudo refere que "19,2% dos participantes referiu que já lhes foi diagnosticado algum tipo de doença mental e, destes, quatro em cada 10 (40,5%) foi diagnosticado após o início da pandemia"
Os diagnósticos mais mencionados pelos estudantes no estudo feito em Portugal “foram a ansiedade (16%) e a depressão (7%)” e que 10% dos participantes referiu “ter ambos”
23% dos participantes toma medicação para a ansiedade, depressão, insónias ou outro problema psíquico, mas só metade deles já teve consultas de psiquiatria”
“75,6% apresentam sintomas de ansiedade“, sendo que, destes, “um em cada três participantes (37,8%) apresenta sintomas moderados a graves de ansiedade”, enquanto “61,9% apresentam sintomas depressivos, sendo 23,4% sintomas depressivos leves e 38,5% moderados a severos”, sublinhou, referindo que os problemas que mais incomodaram são “o sentimento de cansaço ou ter pouca energia (42%) e alterações do sono (38%)”
Um em cada quatro inquiridos disse ter “pensamentos acerca de que estaria melhor morto ou de se ferir a si mesmo” e “27% referiu que a sintomatologia depressiva causa muita ou extrema dificuldade na vida académica/trabalho”
O estudo demonstrou ainda que os estudantes deslocados que vão todos os fins de semana a casa apresentam menos sintomas depressivos e ansiosos e os que estão numa relação amorosa apresentam menores níveis de ansiedade
O estudo envolveu 7 instituições de ensino superior portuguesas e outras 10 de sete países da Europa e da América do Sul reuniu 3.143 respostas a inquéritos lançados, simbolicamente, no Dia Mundial da Saúde Mental do ano passado, 10 de outubro de 2022
Sentimos necessidade de realizar um diagnóstico para desenvolver programas de promoção da saúde mental em ambiente académico”, disse, citada no comunicado, Lara Guedes de Pinho, coordenadora do estudo e investigadora do Comprehensive Health Research Centre (CHRC) da UÉ
LEIA MAIS ARTIGOS
TEXTO: LUSA
FOTOGRAFIAS: GETTY IMAGES
<!— netScope v4 – Begin of gPrism tag for AMPs -->