Esperança para os seres humanos. Tratamento inovador elimina metástases do cancro da mama em ratos em menos de três meses
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CIÊNCIA
Quando o cancro da mama é detetado numa fase inicial, a resposta aos tratamentos, geralmente, é positiva mas, se já estiver metastizado, ou seja, espalhado por outras partes do corpo, os tratamentos são menos eficazes e não têm cura definitiva.
Contudo, a união de dois tratamentos já existentes parece eliminar metásteses do cancro da mama.
Um estudo publicado na revista "Cancer Discovery" mostra um estudo, desenvolvido por uma equipa de investigadores da Universidade de Washington, em que as células cancerígenas que se tinham espalhado em ratos foram eliminadas.
De acordo com o jornal "Público", este estudo divide-se em duas fases: fragilizar o tumor e aumentar a força do ataque do sistema imunitário.
Na primeira fase, a fragilização, é possível diminuir a dimensão do tumor que, no entanto, não é totalmente eliminado.
Na segunda fase, a molécula p38MAKP é bloqueada, o que irá tornar o tumor mais vulnerável e visível, e são ativados os linfócitos T, para que as células cancerígenas sejam descobertas e destruídas.
Passados 80 dias, do grupo de ratos que receberam este duplo tratamento, todos continuaram vivos e sem reincidência de cancro, segundo o jornal diário.
Já no grupo de ratos que recebeu apenas um dos dois tratamentos, metade morreu ao fim de 60 dias.
Uma segunda investigação desenvolvida pela mesma equipa comprovou que as células do sistema imunitário se recordam do tumor combatido e, se houver reincidência, voltam a atacá-lo.
Tendo em conta a dificuldade e menor eficácia em tratar o cancro da mama quando metastizado, os investigadores vão continuar a trabalhar na possibilidade de união destes dois tratamentos, que poderá representar uma evolução em direção à cura.
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WEBSTORY: EMÍLIA CARDOSO,
EDITADO POR PEDRO MIGUEL COELHO
FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES E DOUGLAS V. FAGET
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