Estamos a ficar menos inteligentes? Novo estudo revela que o QI está a diminuir pela primeira vez em décadas
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Será que estamos a ficar menos inteligentes? É isso que um estudo dá a entender. Publicado recentemente na revista Intelligence, mostrou que, principalmente na faixa etária dos 18 aos 22 anos, os níveis de QI (ou capacidade intelectual) diminuíram: uma diminuição inédita em décadas.
Segundo o jornal espanhol ABC,
os níveis de QI não têm apresentado diminuições. Muito pelo contrário: são cerca de 3 a 5 pontos de aumento por década, de acordo com vários estudos. Porquê? Graças a um maior acesso à educação, bem como por causa de uma melhor alimentação.
Sabe o que é o "Efeito Flynn"? É esse mesmo aumento dos níveis de QI ao longo das gerações e que havia sido registado.
Mas agora, tudo mudou, uma vez que começaram a observar-se níveis de QI em declínio, ou então estagnados - pesquisas feitas em zonas da Europa e dos Estados Unidos da América.
O Efeito Flynn apresentado nos últimos anos foi testado por investigadores da Universidade NorthWestern, com 40 mil adultos americanos a participarem num estudo, entre 2006 e 2018.
Foram recolhidos dados através do Projeto de Avaliação de Personalidade de Abertura Sintética, classificado como um teste de personalidade.
E quais foram os resultados? Apesar de as pontuações do raciocínio espacial terem aumentado, as do raciocínio verbal (lógica e vocabulário), raciocínio matricial (resolução visual de problemas e analogias) e raciocínio computacional/ matemático
diminuíram durante o período do estudo.
Os participantes foram agrupados por idade, escolaridade e sexo, tendo sido observadas mais diferenças no QI nos grupos de 18 aos 22 anos e nos grupos de pessoas sem curso superior.
Há várias explicações possíveis para esta diminuição do QI, tais como a exposição às tecnologias e media; a qualidade da educação também pode ter diminuído, bem como a qualidade no que diz respeito à educação.
Isso "não significa que a capacidade mental seja menor ou maior", apenas é uma diferença nas pontuações que favorecem as amostras mais antigas", garante, contudo, a autora do estudo, Elizabeth Dworak.
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WEBSTORY: EMÍLIA CARDOSO,
EDITADO POR PEDRO ALMEIDA
FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES
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