Secretária de Estado francesa posa para a Playboy
CLIQUE
INTERNACIONAL
Chama-se Marlene Schiappa, é secretária de Estado da Economia Social em França e posou para a capa da Playboy, cuja edição de abril, maio e junho vai para as bancas a 6 de abril. Apesar de ainda não se conhecerem as fotos que vão aparecer na revista (circularam algumas montagens falsas), Schiappa deverá aparecer totalmente vestida, mas tem, mesmo assim, sido alvo de várias críticas.
Com 40 anos, a figura política francesa contrariou todas as opiniões de reprovação da sua opção e deixou-se fotografar para uma entrevista alusiva aos direitos das mulheres, bem como ao direito ao aborto.
Apesar de todas as críticas, vindas também do seu governo, Marlene Schiappa quis deixar claro, através de uma publicação no Twitter, que em França "as mulheres são livres", "quer isso incomode os retrógrados e hipócritas ou não".
"Defender o direito das mulheres de fazerem o que quiserem com os seus corpos está em todo o lado, a toda a hora", escreveu ainda, tendo o editor da Playboy, Jean-Christophe Florentin, referido, à AFP, que Schiappa foi a figura do governo "mais compatível" com a revista "porque ela está ligada aos direitos das mulheres".
Mas não é toda a gente que pensa assim. A primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, tem outra opinião e não poupou nas críticas. "Não é nada apropriado, especialmente no período atual em que vivemos", sublinhou um assessor da primeira-ministra à AFP.
"Entendeu que não é uma revista para velhos machos mas que poderia ser um instrumento para a causa feminista. A Playboy não é uma revista de pornografia mas uma publicação de 300 páginas que é intelectual e está na moda", concluiu o editor.
A deputada dos Verdes e ativista dos direitos das mulheres, Sandrine Rosseau, também considerou que esta não foi a melhor altura. "Os corpos das mulheres devem poder ser expostos em qualquer sítio, não tenho um problema com isso, mas há um contexto social", disse ao canal de televisão BFM.
A primeira-ministra francesa fez alusão ao facto de este não ser o melhor momento para o fazer quando o país se encontra em sucessivas manifestações contra o aumento da idade da reforma.
LEIA MAIS ARTIGOS
WEBSTORY: EXPRESSO
FOTOGRAFIAS: MARC PIASECKI/GETTYIMAGES
<!— netScope v4 – Begin of gPrism tag for AMPs -->